Largo do Seminário em Santarém |
Hoje é Domingo
(Na minha cidade de Santarém em 13/Julho/14)
O Governador do Banco de Portugal,
Carlos Costa, afirmou que para o país poder equi librar
as Despesas com as Receitas Públicas e cumprir o Deficit estrutural precisa de
encontrar mais de 6,7 mil milhões, anualmente, e garantir a sustentabilidade da dívida.
Isto, é claro, tanto pode ser obtido do
lado da Receita como da Despesa mas pela experiência dos últimos anos, os
portugueses aprenderam que, infelizmente, Receita e Despesa funcionam no mesmo
sentido pelo que, quanto o Estado mais corta na Despesa, pensões, ordenados,
todas as que têm repercussões no consumo, mais as receitas baixam também.
É uma espécie de trabalhar para “o
boneco” no jogo Despesa/Receita que surpreendeu o Ministro das Finanças, Victor
Gaspar, que Passos Coelho foi buscar a Bruxelas e se despediu numa carta em que
reconheceu que tinha falhado.
A austeridade pela austeridade, que não
dos desperdícios, das despesas supérfluas e de ostentação, não parece ser uma
boa receita para se equi librarem as
Contas do Estado, de uma sociedade de pessoas, que não é uma empresa e que tem
muito mais que se lhes diga.
A Grécia começou a vender já o
território composto por centenas de ilhas cobiçadas pelos milionários. Será que
a Acrópole está a salvo?...
Nós fazemos algo de parecido, na
ausência de ilhas para vender pusemos à venda a nacionalidade portuguesa
passando Vistos Golden, portas abertas para a Europa, para russos, chineses,
africanos, multimilionários pouco recomendáveis, com um mínimo 500 mil euros
que para eles não é nada, que comprem uma propriedade e, ao que parece, já
renderam mil milhões de euros... mas, em termos de pagamento da Dívida que
expressão tem?
Portugal é absolutamente incapaz, só por
si, de sair da situação financeira em que se encontra. A Europa “empurrou-nos”
para onde estamos, os especuladores e os Bancos, especialmente alemães, têm-nos
levado o resultado do nosso esforço com toda a desfaçatez de quem tem o poder e
se está marimbando para os mais fracos.
Só unidos a outros países em situação
idêntica à nossa, no seio das instituições da Comunidade Europeia, poderemos,
como está a reagir o 1º Ministro italiano, alterar as políticas vigentes que
asfixiam o consumo, travam o desenvolvimento e não favorecem o emprego e, para
isso, precisamos de políticos de prestígio que não são nem Passos Coelho ou
António José Seguro.
Uma sociedade que é incapaz de escolher
os melhores de entre os seus é uma sociedade condenada ainda para mais em
tempos tão competitivos quanto aqueles que estamos vivendo e este é um problema
que deve ser assacado a todos nós e cometido ao longo dos tempos.
0 Comments:
Enviar um comentário
<< Home