Salgado, que era o DDT e o seu fiel escudeiro, H. Granadeiro |
A falência
“Não foi a Rio Forte, o GES e a sagrada família que faliram, também faliu uma democracia alicerçada em corrupção e apoiada em políticos inúteis e vendidos. Não é apenas o montante do buraco do GES que tem sido escondido dos mercados, mais do que isso é a imensa lista de políticos corruptos deste país que recebeu dinheiro do BES, aliás, muitos deles receberam do BES e de outras entidades financeiras.
Não é apenas a sagrada família que está falida,
é também toda uma classe política que a troco de benefícios e gorjetas foi
enriquecendo ao mesmo tempo que condenava o país ao subdesenvolvimento. Com
políticos corruptos, um sistema financeiro oportunista e uns quantos grupos
económicos-proxenetas não há país que se desenvolva.”
O Jumento
NOTA - Para
que os meus amigos percebam melhor eu explico com o caso em concreto:
- O Sr. Henrique
Granadeiro era Presidente do Conselho Executivo da PT, (Portugal Telecom), uma
das maiores e mais prestigiadas empresas portuguesas.
- O Grupo Espírito
Santo, não o Banco, o maior accionista desta empresa possuindo 10% das suas
acções.
- A PT, por sua vez, é
detentora de 2% da Banco Espírito Santo.
O
Sr. Henrique Granadeiro é amigo do Sr. Ricardo Espírito Santo, Presidente do
BES que mandava também no Grupo Espírito Santo e em mais 400 empresas, uma delas a Rioforte, possuída a 100% pela Espírito Santo Internacional sediada no Luxemburgo e que é dona da Herdade da Comporta, da
Herdade no Paraguai, de Herdades no Brasil, da Espírito Santo Property Brasil,
da Espírito Santo Property Portugal, de mais de metade da Espírito Santo Saúde
e dos Hotéis Tivoli.
Esta empresa Rioforte tinha dívidas de 900 milhões de euros
que tinham de ser pagas no imediato e o Sr. Ricardo Salgado viu fechar-se-lhe todas
as portas para chegar ao dinheiro.
Em
desespero de causa, foi ter com o seu amigo Granadeiro que, dizem, despachava
com ele todas às 4ª fª pelas às 19h00, e pediu-lhe (ordenou-lhe) que ele, na
qualidade de Presidente Executivo da Portugal Telecon, lhe emprestasse quase
900 milhões de euros, metade do valor da PT, para a Rioforte que estava
falida... e o Sr. Henrique Granadeiro satisfez o seu pedido/ordem, emprestando-lhe dinheiro que era da PT, dos seus accionistas, que o puseram agora em Tribunal
porque a Rioforte, falida, não devolveu o dinheiro, como era de esperar...
O
Sr. Ricardo Salgado, que era dono de um império, conhecido no seu círculo, como DDT
(dono disto tudo), agora, falido, parece ser DND (dono de nada disto), urdiu com
o seu amigo e cúmplice um assalto à PT, o maior de quantos se conhece, de um só
golpe, num só click.
Os
portugueses, mais uma vez, vão ser vítimas porque dada a dimensão deste império
de empresas não podem escapar às consequências. A um país falido junta-se agora
a falência do seu homem mais poderoso, dono de empresas em cascata por quase toda a parte do mundo: Europa, África, América do Sul, Estados Unidos.
Depois
do BPN, do BPP, do BCP, junta-se agora o BES e nós gostávamos de saber quando é
que acaba a limpeza deste país e nos vemos livres de todos estes trafulhas
vigaristas que se passeavam, entre nós, sobranceiros.
Infelizmente,
o nosso sistema judicial que já foi pensado para encaixar todos estes “gabirus”,
mais uma vez não vai molestar ninguém e eles vão poder continuar a viver, sem
poder, é certo, mas com dinheiro suficiente para que nada lhes falte como nunca lhes
faltou... agora apenas com o orgulho ferido.
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