Joaquim Barreto candidato afecto a Costa diz que não estão reunidas as condições |
O PS de BRAGA
A indefinição do PS arrasta-se
penosamente. Tendo sido decidida por Seguro deveria favorecê-lo para fazer
sentido, uma espécie de cozinhar o adversário em “banho-maria”, fazendo-o
perder a cor e o entusiasmo, diluindo-o no tempo.
O ataque de Costa à liderança do PS está
a começar a “ser coisa do passado” de que a gente se vai esquecendo como
acontece, igualmente, com a panela ao lume.
Seguro, como político, não tem nem
profundidade nem coragem. Ele sabe que perdeu todos os debates parlamentares
com Passos Coelho que se mostrou sempre mais convicto e assertivo e sabe que
esses debates passaram na televisão e foram vistos, mas também sabe que falar
de uma cadeira no Parlamento o coloca numa posição de subalternidade
relativamente à da bancada do Governo com o 1º Ministro.
Tirando partido dessa vantagem,
Sócrates, ganhou, também ele, todos os debates como 1º Ministro no Parlamento
mas depois perdeu no confronto directo, sentado frente a frente, com Passos
Coelho.
Seguro tem instinto e ambição políticas
e serve-se de ambas para conseguir os seus objectivos mas, entretanto, algo lhe
correu mal. Esta trapalhada na distrital de Braga deixa mal visto o Partido numa
perspectiva de futuro governo mas atinge-o também a ele como Secretário-Geral
quando todos o apontam como o “construtor” das estruturas do partido.
O seu silêncio, de resto, é revelador do
seu incómodo e comprometimento e desvalorizar as coisas, não lhes dar importância,
parece ter sido a única saída possível.
Pagar cotas a militantes já falecidos e
de centenas de outros que não meteram prego nem escopro e muito menos dinheiro é
uma batota da grossa, de quem não olha a meios para atingir os fins e isso em
política, para além de grave, é perigoso porque se hoje é com aspectos
meramente administrativos que violam as regras, amanhã, no governo, poderá ser com decisões bem mais importantes para a vida do país e dos cidadãos.
O descrédito da política e dos políticos
já vai longe entre nós, não precisa de contributos destes que acentuam entre os
portugueses a ideia de que “esta gente” que está na política só pretende
servir-se dela.
Quantos mais casos destes acontecerem
mais se fragiliza a democracia e aumenta o desinteresse e a abstenção nas mesas
de voto no dia das eleições.
António Costa, com a serenidade que lhe
serve de marca, pede o esclarecimento total da situação e que os responsáveis
sejam denunciados.
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