sexta-feira, agosto 22, 2014

Joaquim Barreto candidato afecto a Costa diz que não estão reunidas as condições
O PS de BRAGA






















A indefinição do PS arrasta-se penosamente. Tendo sido decidida por Seguro deveria favorecê-lo para fazer sentido, uma espécie de cozinhar o adversário em “banho-maria”, fazendo-o perder a cor e o entusiasmo, diluindo-o no tempo.

O ataque de Costa à liderança do PS está a começar a “ser coisa do passado” de que a gente se vai esquecendo como acontece, igualmente, com a panela ao lume.

Seguro, como político, não tem nem profundidade nem coragem. Ele sabe que perdeu todos os debates parlamentares com Passos Coelho que se mostrou sempre mais convicto e assertivo e sabe que esses debates passaram na televisão e foram vistos, mas também sabe que falar de uma cadeira no Parlamento o coloca numa posição de subalternidade relativamente à da bancada do Governo com o 1º Ministro.

Tirando partido dessa vantagem, Sócrates, ganhou, também ele, todos os debates como 1º Ministro no Parlamento mas depois perdeu no confronto directo, sentado frente a frente, com Passos Coelho.

Seguro tem instinto e ambição políticas e serve-se de ambas para conseguir os seus objectivos mas, entretanto, algo lhe correu mal. Esta trapalhada na distrital de Braga deixa mal visto o Partido numa perspectiva de futuro governo mas atinge-o também a ele como Secretário-Geral quando todos o apontam como o “construtor” das estruturas do partido.

O seu silêncio, de resto, é revelador do seu incómodo e comprometimento e desvalorizar as coisas, não lhes dar importância, parece ter sido a única saída possível.

Pagar cotas a militantes já falecidos e de centenas de outros que não meteram prego nem escopro e muito menos dinheiro é uma batota da grossa, de quem não olha a meios para atingir os fins e isso em política, para além de grave, é perigoso porque se hoje é com aspectos meramente administrativos que violam as regras, amanhã, no governo, poderá ser com decisões bem mais importantes para a vida do país e dos cidadãos.

O descrédito da política e dos políticos já vai longe entre nós, não precisa de contributos destes que acentuam entre os portugueses a ideia de que “esta gente” que está na política só pretende servir-se dela.

Quantos mais casos destes acontecerem mais se fragiliza a democracia e aumenta o desinteresse e a abstenção nas mesas de voto no dia das eleições.

António Costa, com a serenidade que lhe serve de marca, pede o esclarecimento total da situação e que os responsáveis sejam denunciados.

Site Meter