Em força era imbatível

OS NEANDERTAIS

CONTINUAM

EM NÒS

O seu período áureo foi o Paleolítico, entre 200.000 e 30.000 anos. Saíram de África há 400.000 e vieram para a Eurásia ajustando-se às características ambientais.

É nosso primo, com 2% do ADN do homem moderno não africano, tendo-se cruzado com ele há cerca de 50 a 80.000 anos quando se encontraram pela primeira vez no Médio Oriente e começaram a fazer amor no lugar da guerra.

Extinguiram-se há cerca de 30.000 anos por razões várias:

 - Uma baixa inteligência prática que não lhe permitiu evoluir durante 200.000 anos;

 - Baixa mobilidade das suas populações;

 - Maior dificuldade em se reproduzir dado um período de gestação de 12 meses e não de 9:

- Falta de variedade genética que teria decorrido de problemas de consanguinidade.

Tinha cerca de 1,65 metros de altura mas era muito mais forte e musculoso que o homem sapiens, sapiens.

Possuía armas mas não eram de arremesso e consistiam em grandes eixos de madeira com uma seta na extremidade firmemente presa.

Obviamente, a caça só era possível por um contacto próximo e directo num desafio extraordinário às suas capacidades físicas.

A comunicação através da fala era rudimentar, nasalada, porque a língua estava implantada mais acima na garganta e enchia-lhe muito a boca.

Cuidava dos seus mortos e dos seus feridos e detinha uma espiritualidade incipiente

Tinha razão o nosso investigador João Zilhão quando defendia ter havido cruzamentos entre o Neandertal e o Sapiens Sapiens depois da descoberta do esqueleto de menino de Lapedo, encontrado junto à cidade de Leiria, em Portugal, com características das duas espécies, Sapiens e Neandertais. Era uma prova  evidente, as características do seu esqueleto apontavam, indiscutivelmente para um híbrido.

Em que é que se manifestam hoje, em nós, esses 2%, é outra história que virá a ser revelada com mais trabalho. Como diz o Prof. de Engenharia Biomolecular da Universidade da Califórnia, Svante Paabo, principal autor deste estudo:

- “Este trabalho é uma mina de informação sobre a evolução recente da humanidade e será aproveitada nos próximos anos.”