sábado, outubro 11, 2014

O que está

escrito, 

está escrito.









Havia muito a impressão de que, para não deixar dúvidas, as “coisas” deviam ficar escritas porque “palavras leva-as o vento”. A palavra oral não tem o valor da palavra escrita.

O resultado está à vista: dois textos, a Bíblia e o Corão, escritos há muitos séculos e milénios, muito antes da Revolução Francesa, da Abolição da Escravatura, da Carta Universal dos Direitos do Homem, dos avanços científicos, do esplendor da civilização ocidental e das lutas sem fim pela conquista da liberdade e do respeito pelos direitos, hoje consagrados, de todos os homens e mulheres, esses dois textos, marcam as preocupações dos nossos dias.

Melhor seria que nunca tivessem sido escritos, que tivéssemos ficado pelas “palavras leva-as o vento”.

Na América do Norte um grupo poderoso de cristãos evangélicos mais um grupo de judeus, continua a dizer, como no Velho Testamento, que Deus deu aos judeus o território de Israel e os deserdados dos palestinianos, que sempre lá viveram, que façam o favor de se retirarem, a bem ou a mal.

O Corão, 1500 anos depois de ter sido escrito não faz sentido nenhum. Tomado literalmente é um Código Penal obsoleto e inaceitável onde Deus, pela voz do Profeta, pretende regular cada hora e cada aspecto da vida de um crente.

Tem sido assim a evolução da sociedade árabe nestes últimos 100 anos fruto do petróleo e do conjunto de interesses que à sua volta se constituíram.

Os mais ricos, compram palácios, castelos e clubes de futebol, enquanto os outros mandam ensinar nas madrassas o ódio aos ocidentais.

Assim, chegámos à génese do que é verdadeiramente grave como problema mundial dos dias de hoje: diferenças religiosas e culturais entre os povos ditadas pelo motor da fé.

Só resta resistir, lutar e resistir.

As Forças Armadas Portuguesas não acertam com o campo de batalha. Lutaram em África para impedirem o legítimo direito de acesso dos povos colonizados à independência e agora, para questões da nossa sobrevivência e ao contrário do que faz a Holanda, a Bélgica e a Dinamarca, cuja aviação está envolvida nos combates ao EI, ficam em casa a discutir carreiras e promoções ou o outro magno problema que é fusão entre o Colégio de Odivelas e o Colégio Militar.

“O apoio militar está fora de causa” diz ufano e vitorioso o nosso carismático ministro dos Negócios estrangeiros, Rui Machete.

Está cheio de razão Miguel de Sousa Tavares no seu artigo de hoje no Expresso, leiam.  

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