(Na minha cidade de
Santarém 30/11/14)
Fazem-se
apostas se António Costa irá ou não visitar Sócrates na prisão e o não parece
levar vantagem.
Num
mundo em que todos comunicam com todos cria-se um “falatório” que é asfixiante,
não só para o PS, em primeiro lugar, mas também para os restantes partidos da
governação porque toda a gente tem telhados de vidro.
Por
isto, chefes do governo e da oposição, remetem-se ao silêncio porque condenar a
corrupção é como chegar à boca café demasiado quente, escalda.
Nos
últimos vinte anos o fenómeno cresceu à frente de todos. Em 2008, os dois
homens, o mais rico e o mais poderoso do país, Ricardo Salgado e José Sócrates
estão hoje, um na prisão e outro com uma caução de 3 milhões, algo que era então
impensável.
Mas
os escândalos sucedem-se desde a Expo 98, Euro 2004, BPN, Parecerias
Público-Privadas e finalmente o BES, tudo com custos de milhares de milhões para
o país e para os portugueses.
Nas
autarqui as, o regabofe não se ficou
atrás. Através do triângulo “mágico”, promotores imobiliários, Câmaras
Municipais e terrenos, que ontem eram agrícolas onde nada se podia construir e
que com um estalar dos dedos passam a urbanizáveis valorizando-se seis e sete
vezes mais.
Na
administração pública dirigentes de topo são detidos e vários ministérios são
envolvidos na operação dos Vistos Gold com um Director da Polícia preso e
acusado de corrupção. Como isto se passa no seio do governo, Passos Coelho que
devia dar explicações está calado que nem um rato e finge que não é nada com
ele.
Estamos
num país em que a corrupção se tornou, de um momento para o outro, depois de
uma fase larvar, o tema nacional porque entretanto tudo começou a acontecer
como uma derrocada encosta a baixo.
Na
economia, a falência generalizada trazida pelo sobre -endividamento público e
privado rebentaria mas Sócrates insistia que não e “rosnava” a quem o
questionasse.
Três
anos depois estamos a fechar o ciclo das desnacionalizações, falta a TAP e
pouco mais.
O
poderoso Sócrates e o endinheirado Salgado estão hoje condenados a
defenderem-se e profissionalmente estão acabados.
O país sente-se no meio de uma explosão mas vive a esperança de que tanta escandaleira leve à regeneração.
O país sente-se no meio de uma explosão mas vive a esperança de que tanta escandaleira leve à regeneração.
Há
uma guerra entre as instituições judiciais e políticas e quem as quer
manipular. O resultado desta guerra determinará se seremos um país aniqui lado ou um país mais livre. Uma coisa é certa,
sem o poderoso Sócrates e o endinheirado Salgado não seremos a mesma coisa.
- O quê?
– Não se sabe. Este novo processo só agora começou. O poder económico saiu do trinómio empresas/bancos/governo e passou para algo abstracto que se chama investidor estrangeiro.
- O quê?
– Não se sabe. Este novo processo só agora começou. O poder económico saiu do trinómio empresas/bancos/governo e passou para algo abstracto que se chama investidor estrangeiro.
É
ele que manda como se vê com o que está a acontecer à que era a nossa PT,
estropiada por compradores que agora a querem vender.
Entretanto,
Passos Coelho, cavalga a onda: “o grande moralizador sou eu...”
... mas
esquece-se que o seu amigo Relvas ofereceu a Helena Roseta uma Acção de Formação
Profissional para arqui tectos desde
que ela, a Formação, tivesse lugar na empresa do amigo Passos Coelho...
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