Papa Inocêncio III, o pior deles todos. (1160 - 1216) |
As Raízes da
Infalibilidade
O
Papa Gregório VII, autor do “Dictatus Papae”, governou a igreja entre 1073 e
1085 quando Roma era o poder máximo na Europa.
Nesse documento, “Dictatus Papae”, observa-se pela primeira vez na história da
igreja Romana, a proclamação aberta, não só do poder absoluto do Papa, como
também da identificação desse Poder com a Verdade.
Gregório VII declarou o Papa, Pontífice Único da Igreja e
de todos os crentes, clero, bispos, igrejas e Concílios, senhor supremo do
mundo, a quem os reis deviam subordinar-se por serem “humanos pecadores” e
reclamou para a igreja de Roma, que ele dirigia, uma competência ilimitada em
legislação, administração e juízo.
Cinco anos depois, o Papa Inocêncio III, um homem do Poder
e para o Poder, ratificou essa arrogância ao declarar:
-
“Todo o clérigo deve obedecer ao Papa, mesmo que ele mande fazer o mal já que
ninguém pode julgar o Papa”.
No
entender de alguns analistas da história eclesiástica, o Papa Inocêncio III
terá sido o mais criminoso de todos os que chegaram àquele alto cargo pois está
ligado à matança dos albigenses, ao início das Cruzadas e da Inqui sição.
O poder do Papa não deixou de crescer em arrogância, ambição e centralismo
desde os tempos de Gregório VII e Inocêncio III.
Em 1651, Thomas Hobbes, na famosa obra “Leviatan” afirmava:
-
“O Papa não é mais que o espectro do desaparecido império Romano, sobre cuja
tumba ostenta a sua coroa.”
NOTA - Foi sobre este passado de domínio e poder absoluto dos Papas que hoje desperta, em alguns, uma saudade silenciosa, que se forjou a mentalidade do crente, servo de Deus, obediente, como são, de resto, as ovelhas relativamente ao seu pastor. (uma boa comparação).
0 Comments:
Enviar um comentário
<< Home