domingo, janeiro 18, 2015

Largo do Seminário
HOJE É 

DOMINGO

(Na minha cidade de Santarém em 18/1/15)









“As pessoas provocam e depois há reacções. Não se pode brincar com a religião dos outros. Não se pode insultar ou rir dela. Não se deve reagir com violência mas se alguém, mesmo um amigo, insulta a minha mãe, deve esperar um murro – é normal.”
(Papa Francisco)

Estas declarações do Papa podem ser levadas à laia de uma justificação para as chacinas de que foram vítimas os cartoonistas do jornal Charli Hebdo, ao bom estilo de Jorge Coelho do partido socialista quando, em tempos, não sei se se lembram, dizia: “Quem se mete com o PS leva”.

O Papa Francisco diz o que disse porque está a pensar na defesa da “sua dama”. Ironizar com o Profeta, ridicularizá-lo, fazer despertar sorrisos com os seus bonecos, tanto vale para ele como para qualquer outro, seja Jesus e a sua família, ou o Espírito Santo, seja este o que for, logo, as palavras do Papa têm um carácter corporativo.

É que ele também “vende religião”, esse é igualmente o “seu negócio”. Por isso, ele dá um murro e os terroristas islâmicos, para quem o profeta é mais do que a mãe, o pai e toda a família, não pode ficar-se pelo murro, só a morte pode vingar as ofensas cometidas.

Outros, que não são terroristas, ficam-se pelo meio-termo. Não dão socos nem matam, chicoteiam. Mil chicotadas espaçadas no tempo para não matar mas suficientes para castigar os insultos ao Islão.

É por estas diferenças que podemos aquilatar da "tolerância" da religião católica embora, como estamos recordados da história, nem sempre tenha sido assim.

Fernanda Câncio, no seu artigo de opinião no DN refere aquilo que leu a este propósito no Twitter e no Face Book:

 - “Então agora dar um murro é violência? Aliás, na mesma conversa, o Papa frisa que matar pessoas em nome de Deus é uma aberração, portanto, não justifica as mortes”.

Ou seja, as pessoas ao sentiram necessidade de vir a público certificar que o Papa não defende a chacina das pessoas por fazerem caricaturas a gozar com a religião, só podem estar um pouco desesperadas.

Fiquemo-nos, portanto, só pela violência física como a que está a ser exercida ao blogger, Raif Badawi, na Arábia Saudita, com as chicotadas...

O Papa promete pancada a quem se meter com a religião e depois os outros é que são fanáticos; Ok, estamos conversados. O Charlie Hebdo também era acusado de “fanatismo ateu”.

Mas há também quem diga que o Papa, ao dizer o que disse, só estava na reinação... mas eu não acredito porque com estas coisas não se reina mesmo quando falamos a reinar.

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