Os gregos têm esperança nele 

Cada um nas

suas

Tamanquinhas

Como é possível não gostar e ao mesmo tempo não desconfiar da pessoa do Varoufakis?

Ele é diferente, destoa dos outros porque é informal, dá nas vistas, não mete para dentro das calças a fralda da camisa psicadélica aberta no colarinho e sem gravata.

Tem um sorriso rasgado e emana a auto-confiança de um pensamento novo, desafiador sem o ser porque sincero e espontâneo.

Ele é grego, tem a responsabilidade de negociar os destinos do seu país sem que tenha tido, no entanto, a responsabilidade pessoal da situação a que ele chegou.

O seu discurso incide exactamente aí: - “Perdemos 25% do no nosso PIB, temos um desemprego de mais de 20% e de 50% entre os jovens, muitos milhares de pessoas em completo desamparo”.

Pessoas que votaram neles e que reforçam diariamente em manifestações em frente do Parlamento de Atenas, a sua confiança no governo ao contrário dos protestos que eram habituais relativamente aos governos anteriores.

 - "Nós salientamos a crise deflacionária, a crise humana e por aí fora..." diz Varoufakis.

- "Temos um Programa e ou o Programa é levado até ao fim como previsto ou não há Programa" - Diz Shauber, confirmado pelo Presidente do  Eurogrupo que também quer continuar com o Programa.

Cada um nas suas tamanquinhas, como se vê... e será uma surpresa se no próximo dia 16, na Reunião do Eurogrupo, houver uma saída feliz.

Dilema terrível o de Alexis Tsipras: de um lado os credores, do outro os seus eleitores. Em frente, o caminho para o desastre social e político que pode passar por uma consulta ao povo grego sobre a sua continuação na zona euro.

Depois... é futurologia com vários cenários possíveis desde uma saída da Grécia do euro de forma controlada e negociada, ou de uma outra batendo com a porta e pelo meio um golpe militar com interrupção da democracia no país.

No fundo... uma réstia de esperança.