quarta-feira, maio 20, 2015

A Dimensão Humanista 

de Aristides Sousa 

Mendes







Português, nascido em Cabanas de Viriato, Carregal do Sal, licenciado em Direito, ingressou na carreira diplomática tendo exercido funções em muitas cidades do mundo a última das quais Bordéus, em França, no ano de 1939, pouco antes do início da 2ª G.G. onde se vai confrontar com um problema de consciência:

 - Por um lado, a afluência de milhares de refugiados que com a invasão da França pelas tropas alemãs, apareceram em Bordéus na esperança de conseguir um Visto para a liberdade, Américas do Norte e do Sul;

 - Por outro lado, obedecer às ordens recebidas pelo seu próprio Governo – Salazar – que o impedia de passar vistos aos refugiados, especialmente judeus, sob pena de vir a ser castigado.


Afirmou à data, Aristides, que entre desobedecer a Deus ou a Salazar ele não hesitava na opção a fazer com todas as consequências que daí pudessem advir e que o levaram a morrer na mais completa pobreza embrulhado numa túnica de franciscano por não ter, sequer, de seu, um simples fato.

É preciso não esquecer que o mal feito pelos alemães à Europa e ao mundo ainda está presente na memória viva de muitas pessoas e isso deve ser levado em linha de conta pelos actuais responsáveis políticos alemães que estando, de novo, a comandar os destinos da Europa podem ter, outra vez nas suas mãos, a responsabilidade de garantir a paz.

Esta Comunidade Europeia, como todos sabemos, é um projecto de Paz e a paz constrói-se todos os dias com inteligência e sensibilidade.

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