Passos Coelho ensaiando pose de Estado |
Música Celestial...
O resultado destas eleições em Inglaterra foi música celestial para os ouvidos do “nosso” Passos Coelho mas fingido, como a maior parte dos políticos, apareceu de imediato na televisão para dizer: “não estou aqui para comentar o resultado das eleições inglesas” mas depois sempre foi dizendo que os ingleses são pessoas inteligentes e premiaram o governo conservador de Cameron com a maioria absoluta por ele ter tido a coragem de impor uma política redentora de austeridade.
Este paralelismo que Passos Coelho pretende
estabelecer entre a Inglaterra e Portugal é mais uma das suas desonestidades
intelectuais para dar o exemplo do povo inglês aos portugueses de como eles devem também fazer, como se a realidade britânica e a sua sociedade não
fossem de alto a baixo diferentes e até antagónicas da portuguesa.
A Inglaterra dispõe de uma moeda própria, de uma praça
financeira poderosa, de um mercado de trabalho dinâmico, de uma demografia que é
ajudada pela imigração e, mais importante que tudo, uma sociedade civil
amiga da liberdade e do risco.
A austeridade levada a cabo por Cameron relançou a
economia e colocou a taxa de desemprego nos níveis mais baixos dos últimos 5
anos, 6,9 em vez dos quase 14% da nossa em Portugal com uma economia anémica.
Defender uma política de empobrecimento para um país já
de si pobre, convidar os nossos jovens a emigrarem e os portugueses a “pegarem
na enxada” é característico de um político que não passa de um homem vulgar que
se apresenta com pose de homem de Estado.
Tem uma atitude belicosa e provocadora para com o seu
parceiro de Coligação dando a entender que depois das eleições ela pode terminar a
qualquer momento.
A campanha eleitoral já em marcha com a sua biografia
escrita por uma funcionária, procura criar dele a imagem de um homem normal,
doce na intimidade, vivendo uma situação dramática com a doença da mulher
quando, ele próprio, tinha dito num comunicado que “a doença oncológica da
mulher era um assunto que dizia respeito à sua família”. Afinal, não foi...
A sua campanha para as eleições vai continuar e
manter-se até ao fim em tons monocórdicos:
- “O PS é
despesista, levou já o Estado a uma situação de banca-rota em 2011 e António
Costa vai seguir os passos de Sócrates... e blá-blá-blá-blá e blá-blá-blá-blá”, e
os eleitores vão fugir das urnas porque já não podem ouvi-lo a ele e aos outros por
arrastamento, e isto até Outubro próximo!
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