A República, de que o nosso presidente não gosta. |
Dia da Implantação
da
República
Não voltaremos a ter outro Cavaco. Por isso, não sei se devo recomendar
um rápido esquecimento ou, pelo contrário, um registo na memória colectiva
deste país para que jamais um homem sonso, cínico, egoísta, inculto, nos possa
voltar a liderar, ainda por cima por um tão largo período de tempo, naquele que
foi o maior equívoco dos portugueses na escolha de um governante, que sempre se
acoitou à sombra dos oportunistas e interesseiros que o serviram para se servirem
dele.
O
homem que chegou a preencher e assinar uma ficha para ingressar nos Quadros da
PIDE, que condecorou inspectores desta polícia política do tempo do fascismo
enquanto repudiava personalidades como Saramago, Prémio Nobel da Literatura,
José Afonso, que viveu e representou o puro ideal da liberdade do 25 de Abril,
para além de ter sido o maior músico e letrista da língua portuguesa, e o
Capitão Salgueiro Maia que liderou em Lisboa a revolta do Movimento das Forças
Armadas e, não fora o seu heroísmo, coragem e bom senso, tudo poderia ter
terminado num banho de sangue.
Pois
bem, este homem, que assistiu impávido e sereno à eliminação do feriado do 5 de
Outubro, para que nós não pensássemos que teria sido por descuido ou
distracção, recusou-se agora a estar presente na chefia das cerimónias oficiais
de comemoração da nossa República, alegando mais uma das suas desculpas
mentirosas, ele que não merece ser o Presidente… da República!
A
nossa forma de governo é uma República e a data da sua instauração é lembrada
no Artº 11 da Constituição: 5 de Outubro de 1910.
Está
lá escrito no texto porque é um dia importante, uma data fundadora para que nos
lembremos de quem somos e quais os valores em que acreditamos e defendemos.
É
verdade que é um símbolo, um símbolo da nossa memória histórica, daqui lo que fomos, daqui lo
que somos como comunidade e, de tão significativo que é, celebra-se ao mais
alto nível, pelo Presidente da República, no dia 5 de Outubro, como refere
explicitamente a Constituição do país.
A
República tem uma conotação grande com liberdade, interesse público, igualdade
perante a lei e, ao contrário da Monarqui a,
que ela derrubou, para ela o nascimento não trás direitos especiais.
A
República pugna pelos direitos conqui stados
e condena os privilégios herdados.
Cavaco,
é um filho do povo, não está ligado a privilégios de heranças genéticas, mas há
sempre entre a populaça uns mais deslumbrados que vêm para rua ver passar as
carruagens engalanadas dos reis e das princesas.
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