terça-feira, outubro 13, 2015

Tal como a chaleira, a política está a ferver.
Portugal está a 

“marinar

ou a ferver?












Poder-se-ia pensar que hoje, 3ª Fª, dia 13 de Outubro, Portugal está a “marinar”, aguardando o resultado de conversações que se desdobram e multiplicam para que o país possa encontrar um rumo em paz na direcção das dificuldades que o esperam.

Mas, o que acontece, é que, na realidade, está a ferver. Milhares de pessoas ligadas à máquina do Estado através do governo que as colocou em lugares de Chefia ou de Assessoria em dezenas de Serviços e de Institutos, em boa hora criados para que melhor pudessem ser utilizados para a colocação de “boys”, estão sinceramente preocupados com a manutenção dos seus lugares.

Já se sabe que isso é da praxe, embora algumas tentativas no tempo de Guterres para romper com essas rendições, o que é facto, é quando o PS vai para o governo chama esses lugares para os seus “rapazes” e o mesmo acontece com o PSD e o CDS.

Não há nada de grande novidade nesta renovação de tachos que faz parte do sub-mundo da política e se repete “ad eternum”.

Mas esta possibilidade que surge agora, com alguma consistência, de um governo do PS apoiado pelo PCP e BE, pode perturbar este sistema alternativo de “boys aos seus novos postos” porque esta nova “rapaziada” da dita extrema-esquerda, virgem nestas coabitações com os lugares do poder, e que durante anos tem assistido “às rendições da guarda” sem nada poder fazer, talvez tenha agora uma palavra a dizer.

Isto é mera especulação intuitiva mas se eu tivesse que comprar um carro em 2ª mão era mais natural fazer negócio com um “jovem” do BE do que com “uma mula velha" do bloco central.

É que há vícios que se apuram e refinam ao longo dos anos e quanto mais tarde mais difíceis são de erradicar... e, passando  agora para a política, a que não é do sub-mundo, quer o Dr. António Costa romper mesmo, ao fim de quarenta anos, com este establishment em que são sempre os mesmos que estão na área do poder quando, neste momento, quase um milhão de votos estão do outro lado da barricada?

Não tenho dúvidas de que vontade não lhe falta mas sobre este assunto há muitas divisões no PS. Costa perdeu as eleições e está, naturalmente, enfraquecido mas, não obstante, desenvolve uma enorme super-actividade correndo o risco de tropeçar na sua própria sombra, como dizia hoje o Prof. Viriato Soromenho Marques, que adianta ainda a hipótese dele querer ser 1º Ministro para se manter como Secretário Geral do PS depois de ter perdido as eleições.

Isto, está mesmo a ferver!...

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