domingo, outubro 11, 2015

Santarém, Largo do Seminário

Hoje é 

Domingo

(Na minha cidade de Santarém em 11/10/15)
















José Rodrigo dos Santos é, há muitos anos, o locutor pivôt do Canal 1 da Televisão Portuguesa, desde 1991, quando começou a apresentar o Noticiário “24 Horas”.

Quase 25 anos, ao longo dos quais a sua cara se foi tornando familiar aos portugueses que lhe passaram a chamar “o orelhas” por motivos óbvios.

José Rodrigo dos Santos, é um leitor de notícias acutilante, aponta-nos o dedo, olha-nos fixamente, quase acusadoramente, e as suas palavras saem gritadas de tal forma que se torna desagradável de ouvir, tal o ênfase que coloca na voz.

Para tentar compensar, à despedida, piscava-nos o olho, tentando estabelecer um clima intimista e cúmplice que parece agora ter abandonado, e digo parece, porque há muitos anos que não o ouço.

Optei, por essa altura, pela SIC de José Alberto Carvalho, sem dúvida, o mais discreto, tanto na leitura das notícias como nos diálogos que trava com os seus convidados.

José Rodrigues dos Santos faz-me lembrar, com todo o seu afã, e acintosidade, a Manuela Moura Guedes da TVI e, se nos lembrarmos de uma certa entrevista que ele fez a José Sócrates, na qualidade de seu convidado, nenhum deles morre de amores, em graus diferentes, pelo ex-1º Ministro.

Rodrigues dos Santos, ganhou protagonismo e poder dentro da RTP, onde, ao que já li, faz o que quer, especialmente depois daquele Director, Luís Marques, que em 2007, o quis despedir com um processo disciplinar por Justa Causa, parece, por não cumprir horários, arrogando-se um estatuto de empregado de primeira que exigia ser tratado com um regime de excepção.

Tudo deu em "aguas de bacalhau", o Luís Marques foi-se embora e o Rodrigues dos Santos continuou.

Recentemente, numa deslocação à Grécia, comparou os gregos aos pinguins que empurram para dentro de água o vizinho que está à sua frente para comprovarem se a foca leopardo está lá debaixo à espera deles.

Vitorioso, descobriu que os cidadãos gregos, que se passeiam pela cidade, recebem um subsídio com base num atestado médico que os dá como paralíticos.

Esta reportagem, não foi bem recebida por muitas pessoas porque, independentemente de haver muita corrupção na sociedade grega, não cabe aos repórteres portugueses denunciá-la publicamente porque, na sociedade portuguesa, também temos corrupção e ainda não há conhecimento de um repórter grego que tenha vindo a Portugal denunciá-la para o mundo... e os escandalosos 13.000 euros de ordenado de Rodrigues dos Santos, numa empresa pública altamente deficitária, também não ajuda muito.

Nesta linha de protagonismo e afirmação pessoal, José Rodrigues dos Santos disse, no Telejornal da passada 4ª Fª, falando do Prof. Alexandre Quintanilha, 70 anos, eleito deputado do PS, não saber se era “ele” ou “ela” quando, o referido Professor, é um homossexual assumido, casado desde 2008, com o escritor americano naturalizado português, Richard Zimler.

José Rodrigues dos Santos é cobarde porque ofendeu, deliberada e gratuitamente, uma personagem deste país, um “senhor”, como lhe chama Ferreira Fernandes, e depois veio dizer que não disse o que tinha dito, que tinha sido um erro, explicações atrapalhadas...

Num outro país, e José Rodrigues dos Santos teria ido para a rua mas, se alguma coisa ele conhece bem, é a terra que pisa, onde tudo se lava com um simples pedido de desculpas.

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