segunda-feira, novembro 23, 2015

Finalmente, em condições de indigitar António Costa...
Será hoje?









Segunda-feira, início de semana, ouvidas que foram 31 pessoas, menos o Conselho de Estado (?),  passadas sete semanas, será hoje que Cavaco vai informar o país de que irá indigitar António Costa para 1º Ministro?
Este homem, e custa-me dizê-lo por respeito e pudor para com o meu país, uma vez que ele ainda o tenho como Presidente, é manhoso, cínico e de carácter muito duvidoso.
Será com uma sensação de grande alívio que o verei partir definitivamente, em fins de Janeiro próximo, seja quem for que venha substitui-lo.
Todos os portugueses sabem que ele é de direita, não por opção mas por vocação, do PSD, é essa a sua história política. 
Sabem, igualmente, que foi um aliado oculto de Passos Coelho ao longo dos últimos anos, que ajudou a fracturar o país e continua a fazê-lo agora, quando, em fim de carreira, já nada o espera, apenas porque tem ideias persecutórias às quais não resiste e fazem as delícias dos falcões deste país.
O seu desejo é de envenenar o caminho para o PS de António Costa. É o que está na base de toda esta encenação de audições e deste compasso de espera para uma decisão, que é a única que tem, até porque já ninguém quer outra!
Mas ele não se coíbe de deixar a mensagem, explícita e implícita, para que mais dificuldades possa criar ao próximo governo, que o mesmo é dizer, ao futuro próximo do país em que ele nunca pensou, pela simples impossibilidade que tem de pensar para além dele próprio.
Quando me deparo com este Cavaco, naquela de “não quebrar um prato”, recomendaria que, de futuro, os candidatos passassem a ser objecto de uma prévia análise de natureza psicológica que funcionasse como um quesito de carácter.
Há uma honestidade que vive dentro das pessoas, que nasce com elas, talvez por isso lhe chamem “intelectual”, que pode lá estar, ou não, mas que deveria ser considerada indispensável quando se trata de Presidente da República.
Os seus processos insidiosos, que por vezes baralham os comentadores obrigados a emitir juízos e que nós percebemos, só não vão mais longe em alguns casos, porque o lugar de Presidente da República ainda lhe vai dando uma certa protecção.
Por isso, só os mais arrojados, nos abrem o espírito e desabafam completamente o que sentem sobre ele.
Não se trata de ilegitimidade, de ilegalidade, de inconstitucionalidade... que, para isso, lá estarão todos os seus assessores, não, é mesmo “seriedade”, “carácter” ou, se quiserem, respeito por todos nós quando tem o descaramento de dizer publicamente o que passo a transcrever para não correr o risco de me enganar:
- “Neste momento já sei quanto irei receber da CGA. Eu descontei, quase 40 anos do meu salário de professor universitário e também descontei alguns anos como investigador da Fundação Calouste Gulbenkian. Irei receber 1. 300 euros por mês. Quanto ao Fundo de Pensões do Banco de Portugal, para onde descontei durante 30 anos, ainda não sei quanto irei receber. Tudo somado, quase de certeza que não vai chegar para pagar as minhas despesas porque, como sabe, eu não recebo salário como Presidente da República”.

E acrescentou para que os jornalistas fixassem bem esse número: Não sei se ouviu bem, são 1300 euros por mês" ". (Janeiro de 2012, conversa com jornalista no Porto)

Ora, segundo a Declaração de Rendimentos de 2009, entregue no Tribunal Constitucional, a soma das pensões recebidas por Cavaco Silva relativas ao trabalho universitário e ao Banco de Portugal somaram 140.601,81 euros, ou seja, 11.716 euros por cada um dos doze meses do ano.

Aliás, Cavaco optou inclusivamente por se tornar no único Presidente da República que não é pago pelo Estado que representa, preferindo receber estas pensões e assim fugir aos cortes salariais dos últimos dois anos. 

Com a soma das reformas, Cavaco Silva ficou a ganhar mais 1100 euros do que se tivesse mantido o salário de Presidente.

Eu tenho a certeza que nenhum outro Presidente de um país como o nosso, com os níveis de pobreza que temos, com o ordenado mensal médio líquido, em 2013, de 984 euros, praticamente metade da média europeia, 1972 euros, se atreveria ao desplante de publicamente produzir este desabafo.

Este homem mente e faz de lorpa o jornalista e os portugueses.
No sábado à noite, num programa de televisão onde se fala de política e de políticos, chamaram a Cavaco “pateta político”, isto depois de outros lhe chamarem de “palhaço” e “gangster”.
Reconheço que há uma faceta na personalidade de Cavaco Silva que parece um pouco pateta, mas não na conversa transcrita com o jornalista em Janeiro de 2012, na qual pretende, ao contrário, fazer dos outros patetas o que, também, é uma forma de patetice.
Mas onde ele mais surpreendeu com afirmações patetas, foi nos Açores, em Setembro de 2011, ao ver as vacas, e passo a transcrever:
- “Ontem reparava no sorriso das vacas que estavam satisfeitíssimas, olhando para o pasto e verificando que aquele começava a ficar mais verdejante”.
Também eu estive nos Açores e também eu vi aquelas vacas, aquelas ou outras, mas o que me chamou verdadeiramente a atenção foi o facto de elas pastarem e viverem em encostas com um plano tão inclinado que, não estivessem elas tão habituadas, e rebolariam por ali abaixo.
Nunca saem de lá e só um cavalo consegue deslocar-se ao local das pastagens para transportar o leite da ordenha. 
Aquelas vacas conseguem prodígios de equilíbrio mas, com toda a sinceridade, sorrisos não consegui ver-lhes... estariam reservados para o Presidente que foi lá depois de mim.
Este senhor não preenche, nitidamente, os requisitos de carácter e de honestidade intelectual de um funcionário superior do Estado quanto mais de Presidente da República!

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