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O Petróleo
Brasil,
Angola, Venezuela, são três países, de entre outros, que nas últimas décadas
experimentaram nas suas vidas as delícias das receitas do petróleo e, nem por
coincidência, agora que tivemos a Reunião de Paris para as Alterações
Climáticas, ele atinge um dos seus mais baixos preços dos últimos anos num
convite desesperado ao consumo que não se prevê.
O
homem comporta-se, relativamente às riquezas do sub-solo, como um autêntico
predador no pior sentido da palavra.
Cai
sobre elas, chama-lhes suas, não do povo que vive em cima delas, mas sim das
elites que estão no poder e enriquecem à sua custa em vez de as aproveitarem
para financiar projectos para o desenvolvimento do país e benefício das
populações.
A
corrupção com o seus negócios sujos e as fortunas milionárias emergentes estão,
em grande número, ligadas a este tipo de riquezas a que eu preferiria chamar de
falsas riquezas porque são enganadoras e traiçoeiras. Deixam sempre um gosto
amargo... perguntem a brasileiros, angolanos e venezuelanos.
Nós
aqui , em Portugal, há muito que o
procuramos e continuamos atrás dele. Do ponto de vista geológico, devia cá
estar mas anda a fazer-nos "negaças"...
Por
isso, o nosso grande negócio, no que ao petróleo diz respeito, restringe-se à
sua refinação em Sines e Matosinhos, no conjunto, 20% da produção ibérica, mais de 7 mil mihões de euros em produtos refinados, exportados em 2013.
O
petróleo faz parte daquelas riquezas finitas, escondidas no interior do
planeta, que têm o grave inconveniente de que, uma vez queimadas, devolvem à atmosfera os gases que guardavam em troca do oxigénio que um dia, há milhões de
anos, libertaram.
Mas
talvez, ainda mais grave, é que trata-se de uma riqueza que puxa pouco
pela inteligência e trabalho humanos... Vai-se lá abaixo, puxa-se para cima e
mete-se em barcos muito grandes, os maiores navios do mundo, que há uns tempos
atrás, ficavam parados em alto mar à espera que o preço subisse para continuar
viagem... pura e descarada especulação!
Em
2015, estamos onde estamos, e grita-se por fontes alternativas de energia que
substituam os combustíveis fósseis que, de resto, só não estão aí já no mercado
porque aqueles que ganham dinheiro com o petróleo não deixaram.
Para
o ano, Abril de 2016, os 159 países vão assinar, preto no branco, os Acordos a
que chegaram este ano.
- Será
que desta vez vamos minorar os erros que estamos fazendo?
-
Talvez, a pressão é muito grande, o preço é quase escandalosamente baixo, alguns não ganham
mesmo para a exploração e as fortunas já estão feitas.
Novos
negócios os esperam, menos nocivos...
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