domingo, dezembro 06, 2015

Uma das velhas portas da muralha de cidade de Santarém
Hoje É

Domingo


(Na minha cidade de Santarém em 6/12/15)















O PS reforça a frente de combate político e... concentra-se no déficie. Para poder dispor de mais disponibilidade para o fazer, liberta António Costa e entrega a Ana Catarina Mendes a gestão do partido nomeando-a Secretária Geral Adjunta.

O último mês do ano de 2015 pertence já a António Costa, é ele que vai fechar as Contas e apresentar o Orçamento para o próximo ano, veremos com que valor final do déficie.

Tendo começado por ser "indicado", não "indigitado", pelo Presidente da República, Costa formou um governo e apresentou-o na Assembleia com um programa que foi aprovado pela maioria dos deputados, fruto de entendimentos com o PCP e BE.

Posteriormente, foi objecto de uma Moção de Rejeição apresentada pelos partidos da oposição que, votada, foi recusada e assim, finalmente, chegamos ao dia de amanhã, dia 7, 2ª feira, como, verdadeiramente, o primeiro dia de um governo "sui generis" em Portugal.

Fui surpreendido, fomos quase todos e, no entanto, quase todos, hoje, não só pagamos para ver como fazemos "figas" para dar certo, porque sabemos que o desafio é enorme e valia a pena fazer esta experiência. 

Passos Coelho, ressabiado e rancoroso, recusa chamar Costa de 1º Ministro, preferindo a fórmula de "o governo e o seu chefe" como se estivesse referindo a uma quadrilha de meliantes ou delinquentes, fazendo de toda a população uma cambada de parvos.... e lá vai mentindo contra as evidências, criando mesmo alguma perplexidade na Europa.

Foi a força política mais votada nas eleições e por isso chamada a formar governo que uma vez apresentado na Assembleia com o seu programa foi reprovado pela maioria do deputados.

Não conseguindo garantir o apoio indispensável foi vencido e derrubado, sendo substituído pelo líder do PS, o 2º mais votado que, ao contrário do primeiro, apresentou um governo e um programa que teve o apoio da maioria dos deputados eleitos.

Passos Coelho não se conforma e começa a cair no ridículo se insistir, a partir de amanhã, nessa história do ilegítimo e a chamar ao 1º Ministro "o governo e o seu chefe" alimentando a tese da "fraude eleitoral" com o ar mais cândido deste mundo.

Eu gostaria de perguntar ao deputado Passos Coelho, líder da força política que está na oposição, porque é que ele não se levanta do seu lugar e sai do edifício do Parlamento em coerência com a sua posição, em vez de se permitir a cumplicidade de se opor a um "governo ilegítimo" governado pelo "chefe de uma quadrilha"...?.

Este senhor, do ponto de vista político, está a tornar-se pouco menos que repugnante, à imagem, segundo dizem, do seu criador Miguel Relvas, que foi para os negócios e intermediação. Não quererá, este, ir também para qualquer outro lado? ... é que: 

- Quem Torto foi no Governo Tarde ou Nunca se Endireita na Oposição!.... (Nuno Saraiva do DN)

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