O Para-Quedista
O avião militar subiu até à altitude conveniente para o efeito. O capitão para-quedista chamou então o recruta alentejano que ia saltar pela primeira vez e explicou-lhe:
- É tudo muito simples. Vejo que já estás equipado com o para-quedas nas costas. Então, quando a porta lateral do avião for aberta, tu aproximas-te dela, abres as pernas e os braços, contas até dez, pausadamente, e atiras-te para o espaço.
Quando fores no ar, contas até cinco e puxas a argola direita que está no equipamento. Se, por acaso, essa argola não acionar a abertura do paraquedas, tens uma argola de emergência, no lado esquerdo. Puxa-a! Depois, quando chegares ao solo, no círculo assinalado, estará uma bicicleta que montarás para chegares ao quartel.
O alentejano aguardou, então, pelo momento próprio e, à ordem de saltar, voou para o espaço. Contou até dez e depois puxou a argola da direita. Nada! O para-quedas não abriu! Rapidamente, puxou a argola do lado esquerdo… e nada! O para-quedas continuou fechado!
Já em queda livre, diz o pobre do alentejano:
- Querem ver que, agora, também não está lá a bicicleta?!
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