As Presidenciais
Americanas
Estamos ainda a oito meses de distância das eleições
americanas e cá estou eu, novamente, envolvido naqui lo
que não me diz respeito como se a política do meu país não me bastasse.
Na realidade, o poder militar dos E.U. é tão grande
que, em boa verdade, não podemos dizer que a eleição do futuro presidente
americano não nos diz respeito, tanto mais que são eles que protegem, ou deviam
proteger, os valores da nossa civilização ocidental.
Esta ano, as “coisas” apresentam-se mais extremadas à
direita porque, no campo republicano, Trump, personifica como pessoa aqui lo que mais detesto: o poder descarado e obsceno
do dinheiro.
Entrou na campanha a “matar” com as suas afirmações
carregadas de desprezo e ódio pelos seus vizinhos do sul, os mexicanos que
procuram, pela via da clandestinidade, melhores condições de vida nos E.U.
Com a arrogância própria dos muito ricos, como
primeira ideia, propôs-se construir um muro que fizesse de linha de fronteira
para impedir, de forma radical, a passagem dos “cães raivosos” mexicanos...
Esta história de muros seduz muito certos políticos
das extremas do arco político, pouco imaginativos que, com a força do dinheiro
e das armas, limitam-se a fazer de “mestres de obras” mandando levantar muros.
Depois do famigerado Muro de Berlim que separou a
Alemanha e a Europa de 1961 a
1989, julgaríamos que o expediente do muro estaria esgotado mas o tempo insiste
em andar para trás e o Sr. Trump e outros políticos da mesma estirpe, aqui na Europa, voltam a lembrar-se dos muros como a
melhor solução para travar as pessoas, como se elas tentassem circular por
motivos fúteis, para enervarem os vizinhos...
O candidato republicano às próximas eleições
americanas, com aquela carachonha de loiro desvairado, filho de um emigrante
que também desejou melhorar de vida, foi repreendido pelo franciscano, que
também é Papa, e que o acusou de não ser cristão porque propõe como solução
muros em vez de pontes.
Nada que o perturbe muito, a ele e aos seus fãs,
reaccionários, chauvinistas e fundamentalista, para quem o Papa, lá no fundo, não
passa de um perigoso esquerdista.
E Trump avança, cada vez mais confiante, com o seu
discurso que embala certos ricos e os pobres de espírito enquanto que, mais uma
vez, a esperança reside nos democratas e na talentosa Hillary Clinton, a mais bem preparada e
experiente candidata para o exercício daquelas funções e que, já agora,
esperamos que venha a ganhar com algum à vontade. Os americanos podem ter o seu
grau de loucura, mas é apenas um certo grau...
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