terça-feira, fevereiro 23, 2016

As Presidenciais


Americanas

 














Estamos ainda a oito meses de distância das eleições americanas e cá estou eu, novamente, envolvido naquilo que não me diz respeito como se a política do meu país não me bastasse.

Na realidade, o poder militar dos E.U. é tão grande que, em boa verdade, não podemos dizer que a eleição do futuro presidente americano não nos diz respeito, tanto mais que são eles que protegem, ou deviam proteger, os valores da nossa civilização ocidental.

Esta ano, as “coisas” apresentam-se mais extremadas à direita porque, no campo republicano, Trump, personifica como pessoa aquilo que mais detesto: o poder descarado e obsceno do dinheiro.

Entrou na campanha a “matar” com as suas afirmações carregadas de desprezo e ódio pelos seus vizinhos do sul, os mexicanos que procuram, pela via da clandestinidade, melhores condições de vida nos E.U.

Com a arrogância própria dos muito ricos, como primeira ideia, propôs-se construir um muro que fizesse de linha de fronteira para impedir, de forma radical, a passagem dos “cães raivosos” mexicanos...

Esta história de muros seduz muito certos políticos das extremas do arco político, pouco imaginativos que, com a força do dinheiro e das armas, limitam-se a fazer de “mestres de obras” mandando levantar muros.

Depois do famigerado Muro de Berlim que separou a Alemanha e a Europa de 1961 a 1989, julgaríamos que o expediente do muro estaria esgotado mas o tempo insiste em andar para trás e o Sr. Trump e outros políticos da mesma estirpe, aqui na Europa, voltam a lembrar-se dos muros como a melhor solução para travar as pessoas, como se elas tentassem circular por motivos fúteis, para enervarem os vizinhos...

O candidato republicano às próximas eleições americanas, com aquela carachonha de loiro desvairado, filho de um emigrante que também desejou melhorar de vida, foi repreendido pelo franciscano, que também é Papa, e que o acusou de não ser cristão porque propõe como solução muros em vez de pontes.

Nada que o perturbe muito, a ele e aos seus fãs, reaccionários, chauvinistas e fundamentalista, para quem o Papa, lá no fundo, não passa de um perigoso esquerdista.

E Trump avança, cada vez mais confiante, com o seu discurso que embala certos ricos e os pobres de espírito enquanto que, mais uma vez, a esperança reside nos democratas e na talentosa  Hillary Clinton, a mais bem preparada e experiente candidata para o exercício daquelas funções e que, já agora, esperamos que venha a ganhar com algum à vontade. Os americanos podem ter o seu grau de loucura, mas é apenas um certo grau... 

Site Meter