quinta-feira, março 24, 2016

À esquerda o 1º Ministro, à direita o impinchado
Os dois Passos Coelho:

O primeiro-ministro e 

impichado








Reparei, a meio de um corte de cabelo, que os brasileiros tinham enriquecido a nossa língua, em especial a má-língua ou a chamada língua-viperina, com  um novo termo, daqueles que dizem tudo, ainda que o som não seja dois melhores. Começaram por adoptar a palavra inglesa impeachement, adaptaram para português o que deu impichement e daí ao verbo impichar foi um pequeno passo. 

Agora dizem que querem impichar a Dilma.

E enquanto eles tentam impichar a Dilma ou forçá-la a sair antes que a impichem, dou comigo a pensar que o Cavaco foi um sortudo, quando inventou as falsas escutas a Belém bem que podia ter saído de Belém devidamente impichado. Aliás, quem anda com ares de que foi impichado é o Passos Coelho que dá ares de quem está convencido de que é ele o primeiro-ministro e ainda não percebeu porque é que o tiraram da residência de São Bento, porque é que o impicharam contra a sua vontade e, ao que diz, contra a vontade dos eleitores que lhe deram uma vitória para que não acabasse impichado.

No fim disto tudo temos um Passos Coelho que foi empossado primeiro-ministro para depois Cavaco o promover a primeiro-ministro emérito, de onde evoluiu para primeiro-ministro no exílio, queixa-se de ter sido ilegitimamente impichado por António Costa, daí o ar de impichado que põe nas suas aparições públicas.


Do Jumento

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