segunda-feira, março 21, 2016

Casal Obama passeia pelas ruas da cidade em Cuba.
Obama vira a 

página...


















Esta fotografia do casal Obama, passeando pelas ruas da cidade em Cuba, não fará a felicidade de toda a gente mas faz a minha, que, recordo bem, a crise dos mísseis instalados em Cuba, em 1962, quando John Kenneddy e Nikita Kruscheve, foram capazes de travar a tempo, mas no último instante, o que poderia ter sido o princípio do fim para todos nós.

Esta fotografia, representa, objectivamente, o virar de uma página da história e é muito justo que seja o casal Obama, dos E.U.A., a fazê-lo, pois a sua palavra foi sempre de paz e de normalização das relações com Cuba, esperando nós que seja o próximo Presidente a pôr termo ao embargo.

Obama, a esposa e as filhas, passeiam de mãos-dadas, descontraídos, cumprimentam as pessoas, sorridentes. Estão ali, felizes, de corpo e alma.

Sabemos que há muita gente nos E. U. A. que ainda torce o nariz a este avanço no processo de normalização das relações entre os dois povos mas, se olharmos para a comitiva alargada do Presidente, percebemos que muitos republicanos também entendem que está na hora deste virar de página.

A presença das filhas nesta viagem tem um significado importante pois, ao fim de quase 90 anos, desde a última visita de um Presidente da América do Norte, Calvin Coolidge, em 1928, só agora, após três gerações e um período traumático em que Cuba enveredou por um regime de grandes restrições das liberdades humanas, situações que vão ser, de resto, objecto de conversas mas sem se saber o que irá o Presidente Obama pedir.

Esta visita fica como um legado de Obama, entre outros que ele deixou, e é a comprovação que a estratégia do isolamento de um país durante mais de cinquenta anos, não funcionou.

Sim, à política de envolvimento. Mais comércio, mais viagens, mais relações entre americanos e cubanos e agora a visita de dois dias de um Presidente americano acompanhado de toda a família.

É verdade que o Congresso, dominado pelos republicanos, continua a impedir o fim do boicote comercial mas as pressões, tal "como a água fria em pedra dura tanto bate até que fura", produzirão os seus efeitos.

Os presos políticos em Cuba constituem uma "pedra no sapato" para os americanos, e sabe-se que esta questão dos direito humanos não são um assunto que se resolva da noite para o dia, levará o seu tempo, mas os resultados desta política de envolvimento já estão à vista.

As trocas comerciais e as remessas financeiras para familiares vão, necessàriamente, acelerar nos próximos anos. Digamos que é um caminho que se está fazendo e o próximo Presidente que, esperamos, seja a democrata Hillary Clinton fará o resto que há a fazer.

O povo e as empresas estão cada vez a tirar mais vantagens das novas oportunidades que, numa situação destas, funcionam como uma espécie de "abre - latas".

Obama, como não podia deixar de ser, vai ter um encontro bilateral com Raul de Castro que irá ser crucial para se avaliar da situação. 

Nada está previsto quanto a um encontro com o velho ditador Fidel de Castro e, poder-se-à perguntar, se ele ainda é um espinho nas relações entre os dois países ou, se no íntimo, estará feliz com esta visita do Presidente dos EUA à sua ilha.                  


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