Eusébio e Ronaldo, dois génios do futebol. |
Ronaldo “endeusou”
“Se
todos estivessem ao meu nível seríamos primeiros” disse Cristiano
Ronaldo no fim do jogo em que o Real Madrid perdeu com o Atlético de Madrid por
1 a 0.
Esta é
uma “boca” à Jorge Jesus que só lhe fica mal, porque é desrespeitosa para com
os colegas de equipa. Tentou emendar, mais tarde, mas as palavras são como as
pedras, quando saem das mãos já ninguém as agarra...
Cristiano
veio da Madeira em pequeno, para a Academia do Sporting, viveiro de “craques”,
e como era muito miúdo chorava com saudades da mãe que, de resto, haveria de o
acompanhar, muito de perto, pela vida fora, depois da morte do pai.
O seu
percurso futebolístico colocam-no, a par de Eusébio, duas gerações antes, como
o desportista português de maior prestígio.
Eusébio,
era do tempo da televisão a preto e branco e as imagens dos jogos de Portugal
no Campeonato do Mundo de Futebol 1966, em Inglaterra, que fizeram parar o país
e comoveram os “corações mais empedernidos”, teriam, 50 anos mais tarde, feito
parar o mundo.
Cinquenta anos, no tempo, constitui uma grande diferença, pelo impacto mediático que tem hoje o espectáculo desportivo televisionado.
Cinquenta anos, no tempo, constitui uma grande diferença, pelo impacto mediático que tem hoje o espectáculo desportivo televisionado.
Eu
sei, porque também fui um desses “corações empedernidos” de 1966, e retenho na
memória, fresquinhas, as imagens de então..., que incluem lágrimas a escorrer
pelos rostos, numa esplanada na Nazaré, quando Eusébio conseguiu recuperar a
desvantagem que trazíamos do intervalo, no jogo com a Coreia.
Sem
dúvida, Eusébio é o único que se pode comparar a Ronaldo pela qualidade do seu
futebol e o impacto que teve no mundo por aquilo que foram os seus desempenhos
nesse Campeonato do Mundo e ao serviço da equipa do Benfica, na Liga dos
Campeões Europeus.
Ele e
Amália Rodrigues ajudaram a projectar Portugal no mundo e, talvez por isso,
Salazar, diz-se, nunca permitiu que ele saísse de Portugal.
Mas,
Eusébio, era um homem simples e modesto e mesmo sabendo, porque sabia, da sua
qualidade futebolística, melhor que a dos restantes colegas, nunca lhe passaria
pela cabeça afirmar que, se os seus colegas de equipa, tivessem o nível dele
seriam os primeiros.
Também
ele desembarcou no aeroporto de Lisboa, já homenzinho, mal sabendo articular o
português, tão diferente dos jovens emproados que hoje entram no país por
aquele mesmo espaço. Outros tempos...
Cristiano
e Ronaldo viveram as suas vidas de futebolistas de maneiras muito diferentes,
mas, mesmo descontando a época em que viveram, trata-se de pessoas de carácter
muito distinto.
Ronaldo
está inebriado pela sua carreira e riqueza a que acresce a vaidade e
narcisismo de que sempre foi vítima.
Eusébio, nunca foi rico, pelo contrário, e de vaidade nunca se ouviu falar.
Eusébio, nunca foi rico, pelo contrário, e de vaidade nunca se ouviu falar.
Gosto
do Ronaldo pelo seu profissionalismo, as suas qualidades de atleta, das
fantásticas cavalgadas com a bola, ou sem ela, em direcção à baliza do
adversário para rematar ou receber o passe, agora diz-se “assistência”, de um
colega.
Faz-me
lembrar o Eusébio, que era apontado pelos treinadores de futebol de então, aos
respectivos jogadores, como exemplo de como se devia transportar a bola,
correndo com ela junto aos pés... depois viria o Messi!
Ronaldo,
está na fase decrescente da sua carreira que é, sem dúvida, a pior para ter
este tipo de afirmações...
A sua
experiência, de mais de dez anos, nos píncaros do futebol mundial, aumentam-lhe a
responsabilidade.
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