sábado, maio 07, 2016

Parece não haverem...
Não há alternativas...





















Mais três ou quatro meses e desfazem-se as dúvidas sobre a necessidade, ou não, de medidas adicionais de austeridade para conseguirmos cumprir o Deficit Orçamental imposto por Bruxelas.

Infelizmente, não temos vida própria. Isto, na Europa é um encadeado de dependências e a nossa, pequeninos e frágeis como somos, ainda mais do que qualquer outra.

Mário Centeno, Ministro das Finanças, e Costa, apostaram na hipótese mais favorável, de que iria acontecer uma ligeira melhoria na economia europeia, na alemã, propriamente dito, da qual o nosso país pudesse beneficiar... isto, no domínio dos palpites.

E, de facto, inicialmente, com a chegada dos refugiados que Merkel acolheu, houve um ligeiro despertar da economia, comprovando-se o velho provérbio de que “há males que vêem por bem”, mas agora parece que as coisas voltaram a “serenar”.

Eu ainda não percebi bem porque é que uma palavra de “esperança” que não se concretiza, tem que significar derrota ou insucesso.

No mundo globalizado, com uma China cada vez mais interveniente nas relações económicas mundiais mas que não pode, indefinidamente, crescer a 10 e 8% porque só se renasce uma vez, é quase impossível saber quem, concretamente, é capaz de impulsionar ou travar o mundo sabendo-se que pouco há esperar do continente africano, com o norte em guerra e falência civilizacional e a Sul, com o atraso, a fome e a corrupção conhecidas.

Da Índia nem novas nem mandatos, como se costuma dizer e o Brasil e restantes países da América Sul, mergulhados nos problemas políticos e sociais que lhe são peculiares.

A América do Norte diverte-se com um candidato Republicano que em Novembro vai disputar as eleições com a democrata Hillary Clinton, mas que, para o descanso desta, não passa de uma anedota, no sentido literal do termo.

Há um Acordo Comercial com a Europa que está em negociação, na fase das audições, e que, a realizar-se, incrementará a economia de ambos os blocos mas, daqui até lá, com os interesses que há pelo meio, não me doa a cabeça.

Internamente, Passos Coelho, não é alternativa a ninguém.

Político ressabiado, de pin na lapela do casaco, que ganha as eleições e é corrido do poder, democraticamente, por uma esquerda unida, não representa a social democracia de Balsemão e do falecido Sá Carneiro, que não se revêm nele de forma alguma mas, dadas as dificuldades da situação presente, não se sentem atraídos para a luta política porque, na realidade, não há alternativas à “geringonça” de António Costa.

Parece que estamos todos, no país, na Europa e no mundo, a viver uma situação de impasse de futuro indefinido à espera de que qualquer coisa aconteça.

Estamos tolhidos. Há gente que corta cabeças a pessoas e mostra essas imagens na televisão como um sinal político, vêem a Paris e assassinam, a frio, dezenas de inocentes, em reforço do sinal político de um hipotético Estado Islâmico que, desta forma, quer dominar o mundo, mas não vejo nenhum exército a mobilizar-se, pela simples razão de que ele nem sequer existe numa Europa desarmada.

Em tempos, o “pacifista” Mário Soares, falou nisso e referiu-se até a um imposto que seria pago por todos os europeus para suportar a criação e manutenção desse exército mas, pelos vistos, a Europa não tem Princípios nem Valores que valham a pena defender.

Estão todos acomodados...


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