terça-feira, maio 31, 2016

Por que nos

apaixonamos tão

intensamente?



















Será que a pessoa por quem nos apaixonamos é tão melhor que todas as outras a ponto de sofrermos profundamente quando não somos correspondidos, de tentarmos mesmo o suicídio ou de provocarmos a morte de um rival?


Que mecanismo é este que nos faz concentrar numa pessoa como se ela fosse a única em todo o planeta?

Por que desenvolvemos dentro de nós este aliciante mas perigoso mecanismo?

Ao princípio, julgávamos que era o coração, depois o cérebro, agora parece ser uma questão de compatibilidade hormonal.

Todos nos apercebemos quando somos surpreendidos pelas emoções da atracção sexual. Quase que sentimos o penetrar da flecha do Cupido a justificar o êxtase de certos momentos quando encontramos determinada pessoa.

… e sempre assim foi ao longo dos tempos!

Às vezes, esse momento muda as nossas vidas, outras não: a vida segue o seu curso e nós ficamos com a impressão que perdemos a oportunidade de sermos felizes para sempre.

- Para sempre?

Vinícius de Morais, que nestas coisas do amor era um “expert”, dizia sobre o amor:

- “Que seja eterno enquanto dure…”

Vivemos para o amor e construímos a nossa vida em função dele. Nascemos para amar e sermos amados. Toda a nossa anatomia corporal parece ter essa finalidade mas não confundamos paixão com amor. São sentimentos diferentes:

- As paixões, são turbilhões que nos desequilibram e, talvez por isso, a palavra que vem do grego tem o seu radical ligado a doença;

- O amor, tem a ver com os afectos e dá-nos, pelo contrário, uma sensação de equilíbrio e bem-estar.

“Nunca somos tão indefesos contra o sofrimento como quando nos apaixonamos” – Sigmundo Freud.

Ver o seu sorriso, ouvir a sua voz, observar o seu andar, recordar um momento especial ou um comentário inteligente, a mais leve percepção de ser amado envia ao cérebro uma onda gigantesca de excitação à qual todos ficam vergados: poetas, presidentes, académicos, técnicos: todos embarcam num estado confuso de expectativa, esperança, agonia, beatitude.

Depois, a paixão diminui e uma nova sensação invade a mente: - o afecto, e este é o mais esplêndido sentimento – uma sensação de natural satisfação, de um compartilhar a identidade com outro ser humano.


... Talvez isso seja o que mais se aproxima da felicidade que todos procuramos alcançar. 

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