quarta-feira, setembro 14, 2016

FOI POR ACASO





Se te vi despida de negro
Entrando no muro
Abrindo o teto da minha morada
Foi por acaso!
Se acabaste o início da conversa
Calando as confissões secretas
Dizendo o silêncio que te ia na alma
Foi por acaso!
Foi por acaso que te dei a mão
Te abri o caminho
E te mostrei entradas
Foi por acaso que chegaste cedo
Tremeste de medo
E não disseste nada
Foi por acaso que não soubeste ver
Na manhã tardia
A esperança a nascer
Se te vi deitada no nada
Despida de vida
Gelando e partindo
Para a outra morada
Não foi por acaso!
Eulália Gameiro 20-05-2013 - Professora ,  Escritora e Poetisa
(Dedicada a sua prima, muito chegada, Noémia Gameiro, desaparecida precocemente com cancro da mama), 

Site Meter