As mães ressuscitavam os filhos... |
As
Mulheres e a
Ressurreição
Ante a morte injusta e precoce, a ideia
da ressurreição é um caminho para transformar a morte dando-lhe um sentido.
Quando a morte é prematura e injusta, a mente humana procura esse
sentido para a tornar tolerável, aceitável. Em muitas áreas rurais, as famílias
pobres que vêem morrer de fome ou de doença os seus filhos pequenos, dizem que
"Deus os levou para serem anjos." A dor da perda de um filho ou filha
logo se torna mais suportável com essa ideia religiosa.
Em 2005, irmã Dorothy Stang,
defensora da vida dos camponeses no Pará, no Brasil, foi morta a mando dos
latifundiários. Foi um homicídio culposo. No dia do seu funeral os seus amigos
disseram: "Hoje, Dorothy, não vai a enterrar, vai a semear”.
Algo semelhante estava para acontecer
com Jesus. E foram as mulheres do movimento de Jesus que não se resignaram com
sua morte e que, com suas palavras, desafiaram e quebraram esse limite que lhes
era colocado perante uma morte injusta.
Foram
elas que testemunharam que ele ainda estava vivo, que afirmaram, resolutas, que
ele continuava vivo, na linha das mulheres Macabéias, que inconformadas com a
morte precoce dos seus filhos, vítimas da guerra, também acreditavam na sua
ressurreição.
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