segunda-feira, outubro 03, 2016

Inteligente, mas um boçal a falar...
Jorge Jesus















Jorge Jesus começa a ser uma “marca” no futebol português. O seu estilo é inconfundível e único: esbraceja, grita, salta, alisa a sua farta cabeleira grisalha, discute com os árbitros e acaba, muitas vezes, expulso, a ver os jogos da bancada, o que ele considera de grande prejuízo para a equipa pois fica privada das suas orientações dadas ao longo da linha directamente aos jogadores...

Se o futebol fosse uma matéria científica, JJ seria um professor, lente de uma Faculdade e as suas palavras e conselhos seguidas religiosamente... mas não é!

O futebol não passa de um jogo que tem regras como qualquer outro e, pelas suas características, fundamentalmente, porque os Clubes onde ele se joga desempenham o papel das antigas tribos, arrebata multidões apaixonadas, uma pequena parte, mesmo, doentia.

Ontem, por exemplo, no estádio da Luz, do Benfica, mais de 68000 adeptos acompanharam o jogo que se realizou às 16H00, estabelecendo um recorde de assistência, num apontamento elucidativo da dimensão da “nação” benfiquista.

O Sporting, depois de estar a ganhar 3 a 0 ao Guimarães, num jogo bem conseguido, deixou-se empatar... Azar, dizem uns... azar, é cair de costas e partir o nariz... respondem outros!

Sorte ou competência? Os comentadores e analistas para conferir dignidade ao seu papel, vão pela competência.

Se um jogador mete mal o pé quando chuta a bola e a enfia na própria baliza, o que é: azar ou aselhice? – e aquele outro, cuja bola ressalta no seu corpo e marca golo, é sorte ou competência?

Aqui, reside boa parte do aliciante deste jogo e que, por exemplo, nada tem a ver com o ténis ou snooker, em que situações deste tipo dão até lugar a um pedido de desculpas ao adversário...

Por isso, um é desporto popular e o outro de elites.

Para Jorge Jesus, nada acontece por acaso, tudo sai da sua cabeça, previsto, treinado e ensinado. Ele come, dorme, viaja, sempre a pensar no futebol com o qual, ele próprio, se confunde.

Não muda, não mudará, é assim mesmo, ele próprio o diz. Aceitem-no ou, então, não o contratem.

O adepto apaixonado pela equipa que ele treina adora-o, os outros detestam-no, numa relação de amor ou ódio.

É assim o futebol, é assim Jorge Jesus, nasceram um para o outro...

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