terça-feira, dezembro 20, 2016

Os milionários de Trump















Ser milionário é qualquer coisa de “pornográfico” porque pressupõe a possibilidade de fazer tudo ou de comprar tudo, não no plano sexual, mas eventualmente também, mas no social e económico, como foi o caso de Trump com as suas falências fraudulentas e fuga aos impostos.

Mas, tudo bem..., o povo americano, que por vezes perde a cabeça nas escolhas, decidiu "premiá-lo" porque, no fundo, também ele gostaria de saber fugir ao pagamento dos impostos, e deu-lhe o país para governar, ainda por cima com o apoio do Congresso para que ele não se possa queixar de falta de apoio, um apoio que Obama não teve.

Quem o é não gosta de sê-lo sozinho e, para além de generais, Trump está a rodear-se de outros milionários, talvez de acordo com uma lógica simples de que, quem soube tão bem tratar dos seus negócios, certamente também saberá cuidar dos negócios da comunidade...

Trump vai para o Poder continuar a fazer aquilo que sempre fez: tratar de negócios e, se entra rico, vai com certeza sair mais rico, embora tenha tido o cuidado de declarar que passa a gestão de todas as suas empresas para os filhos, como é hábito nestas situações...

Claro que Trump não irá ser reeleito, como é normal nas presidências americanas, é uma desconfiança que tenho, não só pela idade, 70 anos à entrada da presidência mas, fundamentalmente, porque a vocação dele não é “a coisa pública”, e os americanos que foram enganados ao elegê-lo vão perceber isso nos próximos anos.

A sociedade americana vive seduzida pelo sucesso individual mais do que a europeia que se rege ou regia, por princípios e valores de raízes culturais, admirados e respeitados e, deste ponto de vista, chegar a milionário é o pico, o cume da montanha, o maior objectivo de uma vida.

Por isso, o milionário Trump chamou para junto de si homens de “provas dadas”, milionários como ele, porque entre estas pessoas existe uma afinidade compreensível baseadas em experiências de vidas que têm muitos pontos em comum.

Para mim, e já o disse aqui, a vitória de Trump não só foi uma surpresa como um choque, perante uma rival bem preparada com provas dadas em funções de responsabilidade no governo americano, para alem de formação académica, licenciada em Direito, advogada, Senadora e Secretária de Estado dos E. U. A., experiencia valiosíssima para o desempenho das funções de presidente.

Os americanos trocaram-na por um milionário com um estilo exótico, louro e de melena, e agora esperam que o “establishment”, o chamado “sistema”, que ele atacou na campanha como candidato, venha a suprir as lacunas e falhas do futuro presidente.

O sistema democrático tem destas coisas quando os cidadãos são uma “massa” pouco formada e informada, que facilmente se deixa arrastar por discursos simplistas curtos e demagógicos pouco mais que umas frases repetidas, previamente estudadas, para conseguir determinados efeitos.

No caso dos EUA é algo de perigoso para todo o mundo e eu ainda me lembro muito bem do que se passou com o Presidente Kennedy e a crise dos mísseis soviéticos.

O que teria acontecido com um Trump na Presidência?...

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