Desigualdades
Metade da riqueza mundial pertence a 1% da população gerando sociedades injustas que, por sua vez, geram eleitores permeáveis, populistas que elegem maus governantes.
Trump foi escolhido pelo sistema
eleitoral americano mas perdeu por 2 milhões de votos relativamente à sua
adversária Hillary Clinton, o que significa que nos dias de hoje, quando os EUA
são muito mais um país do que 50 Estados Federados, alguns deles com profundas
diferenças de outros, o resultado final pareça ser algo de viciado, para além,
ao que se diz, das trafulhices informáticas.
Acresce, ainda, que os melhores
resultados de Trump se registaram nos Estados menos desenvolvidos onde as
desigualdades são maiores.
A seguir, vêm agora as eleições europeias
com a Alemanha, país líder, a reeleger a senhora Merkel pela 4ª vez se ela se recandidatar como espero e desejo que o faça.
Com provas dadas na questão dos
refugiados, Merkel mostrou-se forte na sua faceta humanista como que limpando o
passado histórico recente daquele país, que só não foi mais desastroso para a
Europa por causa da intervenção dos ingleses ajudados pelos americanos e pela
resistência heróica daqueles que nunca desistiram de lutar pela liberdade nos
seus países, nomeadamente em França.
Mas a liberdade estará sempre ameaçada se as desigualdades se aprofundam porque elas constituem o "busilis" da questão e a prova há muito que está feita: o capitalismo será a melhor forma de criar riqueza mas não de a distribuir.
Os ricos entendem ter direito às suas fortunas e não abrem mão delas podendo as desigualdades cavarem-se à vontade à sua volta que o carácter egoísta do ser humano e a aceitação da realidade de que sempre houve e haverá ricos e pobres, é um pano de fundo inalterável.
Os ricos entendem ter direito às suas fortunas e não abrem mão delas podendo as desigualdades cavarem-se à vontade à sua volta que o carácter egoísta do ser humano e a aceitação da realidade de que sempre houve e haverá ricos e pobres, é um pano de fundo inalterável.
É aos governos dos Estados que
corresponde a responsabilidade de corrigir essas assimetrias através da aplicação
na sociedade do dinheiro dos impostos, não propriamente satisfazendo despesas
assistenciais, mas aplicando-os segundo critérios de justiça e desenvolvimento
futuro.
O continente europeu em que vivemos, não
fugindo aos problemas e dificuldades do mundo, é um “paraíso” de paz, justiça e
de igualdades relativas.
Trump, presidente eleito dos EUA, é uma
ameaça para o mundo como se comprova já pela escolha de generais e outros
milionários, e só nos resta esperar que aqueles que lhe deram o poder com o seu
voto, aprendam durante os próximos 4 anos, que um milionário “lelé da cuca” está
muito longe de ser a pessoa indicada para governar a sociedade que ele enganou ao
longo de toda uma vida, exactamente para poder ser milionário.
As pessoas são vítimas, para o bem e
para o mal, das escolhas que fazem e se alguma coisa temos que censurar é o
sistema democrático que lhes permite intervir nessas escolhas, e essa censura eu
nunca a farei.
É assim na política e continua a sê-lo
nas opções que fazemos nas nossas vidas particulares a tal ponto que quase
podemos afirmar que a vida é uma escolha permanente com mais ou menos liberdade
ou dificuldade de as fazer e, neste aspecto, as mais difíceis e determinantes são,
na verdade, as escolhas políticas, mesmo quando não as entendemos assim e nos desinteressemos
delas por “não gostarmos de política”... exactamente pelas consequências na
questão das desigualdades.
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