FRANCISCO JOSÉ
Conta-se que o que esteve na origem da sua ida para o Brasil foi a ruptura definitiva com a R.T.P., a única televisão portuguesa na altura.
Num programa musical transmitido em directo, em que dizia algumas palavras entre as canções, Francisco José resolveu «abrir o livro».
Falou então sobre a vida e as dificuldades dos artistas em Portugal.
Falou dos “cachets “ miseráveis que recebiam. Falou da subserviência da televisão aos artistas estrangeiros e, sem qualquer hesitação, disse quanto estava ali a ganhar e quanto receberia se fosse um vulgar e medíocre cantor inglês ou americano.
E, finalmente, disse tudo o que lhe veio à cabeça sobre a televisão pública e sobre as pessoas que a dirigiam.
Ficou obviamente «queimado» para todo o sempre. Mas não foi só isso: a R.T.P. decidiu processá-lo criminalmente, acusando-o do crime de injúrias.
No julgamento, depois de um longo interrogatório, o juiz acabou por lhe perguntar:
Ao que Francisco José respondeu:
Foi absolvido!
Ficou obviamente «queimado» para todo o sempre. Mas não foi só isso: a R.T.P. decidiu processá-lo criminalmente, acusando-o do crime de injúrias.
No julgamento, depois de um longo interrogatório, o juiz acabou por lhe perguntar:
- Mas o senhor, quando disse essas palavras em directo na televisão, agiu com «animus injuriandi»?
Ao que Francisco José respondeu:
- Ó Sr. Dr. Juiz: eu agi foi com «animus desabafandi»!
Foi absolvido!
PS - Outros tempos que Mário Soares, hoje a enterrar, ajudou a acabar.
0 Comments:
Enviar um comentário
<< Home