Sigo sempre com atenção a opinião de Viriato Soromenho Marques, Prof. Universitário, sobre política internacional, nomeadamente, a americana, a que comanda o mundo.
Trump é agora o seu representante e
talvez o pior de quantos já geriram os seus destinos talvez, exatamente, por querer parecer forte e bom.
Veio do mundo dos negócios, do espetáculo, do entretenimento
e de outros, cerca de 500 empresas ao todo por esse mundo fora com o nome de Trump. Homem
do show business, pouco culto, de vocabulário reduzido, matraqueia as que sabe
e mais lhe interessam, tendo começado por transformar a Sala Oval da Casa
Branca num imenso palco de reality show global.
Trump não é homem que se perca com
considerações ideológicas que ele não domina. Prefere os detalhes, atentados
imaginários na Suécia, número de votos no Colégio Eleitoral, dimensão do número
de pessoas que assistiram à sua investidura comparada com a de Obama...
Sobre todos estes temas ele estabelece a
“sua” verdade com o maior dos à vontades e à dimensão do seu narcisismo insaciável.
Trump fabrica a mentira fazendo dela o
seu negócio. De resto, a mentira esteve sempre presente na política. Estaline, por exemplo, chegou a cortar das fotografias da Revolução Russa, a figura de Trotsky porque não
lhe convinha.
Trump acredita que se tiver uma vontade
suficientemente forte as convicções daí resultantes acabarão por se
materializar. Para ele não há causas, apenas choques de vontades.
- Alterações climáticas? - Estagnação
económica? Só podem ser o resultado de conspirações de vontades inimigas...
Até onde poderá ir esta criação de “factos
de Trump” se a resistência do real não o travar, se as pessoas se deixarem
contaminar por ele?
Será que os canadianos, ou uma parte
deles, não deixarão influenciar-se pelas ideias de Trump, quanto aos perigos do
acolhimento de refugiados dos E.U. no Canadá, repetindo situação idêntica à dos mexicanos na outra fronteira, a Sul?
Podem levantar-se muros a separar os
homens, é uma questão de dinheiro e de ordens de alguém que mande nesse sentido. O pior é que a seguir aos muros físicos
podem vir os psicológicos e esses são mais perigosos e mais difíceis de
derrubar. Depois dos muros os homens já não são os mesmos como quando eles não existem. Todos estamos lembrados das duas
Alemanhas e do muro a separá-las, derrubado a picaretas, em 1989, por voluntários
muito felizes pelo que estavam a fazer.
- Será que hoje já estarão esbatidas, completamente, as consequências para as pessoas que viveram a realidade desse muro?
- Será que hoje já estarão esbatidas, completamente, as consequências para as pessoas que viveram a realidade desse muro?
E agora, cá temos novamente mais muros à
espera que amanhã alguém os derrube porque é esse o destino dos muros entre os
homens: mais tarde ou mais cedo serem derrubados.
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