quarta-feira, fevereiro 04, 2009




Esta semana, o programa Prós e Contras, da DrªFátima versou o inevitável, incontornável e inesgotável tema da Freeport.

Os intervenientes, uma espécie de avençados, eram, por isso, quase todos conhecidos do público e as suas posições também.

Quase todos reproduziram opiniões que correspondem ou são influenciadas pelos interesses dos partidos a que pertencem, a que estão próximos ou a que já pertenceram.

Nestas coisas adianta sempre conhecermos o percurso político das pessoas que intervêm porque ajuda a compreender os seus discursos que nem sempre são claros quanto aos seus objectivos porque em política não há discursos grátis.

Mais uma vez o bombo da festa foi, como não podia deixar de ser, a Justiça que neste país, por ser demorada, ineficaz, inoperante, constitui o sector do Estado que mais desilude os cidadãos, com a agravante de que contribui para as desigualdades sociais na medida em que pune os pequenos, quando os pune, muitas vezes tarde e a más horas e, regra geral, não se faz sentir sobre os grandes.

Como dizia o ex-presidente da Câmara de Marco de Canavezes: “Não há nada que um bom advogado não resolva” e ele falava por experiência própria.

O caso agora é mais grave porque nem sequer se sabe se haverá um caso de justiça, estamos apenas na presença de uma investigação que parece ter tido origem em Inglaterra por causa de uns dinheiros que faltaram na contabilidade de uma empresa que teria comprado a Freeport, dinheiros estes que se pretendem relacionar com luvas que teriam sido pagas em Portugal.

Ora estas coisas de dinheiros estão hoje muito complicadas porque, normalmente, acabam em offshores e como o Dr. Vitorino explicou acerca deste mesmo assunto, há alguns que são herméticos e não colaboram em investigações sobre a origem dos dinheiros que lá vão parar e se assim for tudo poderá ser mais ou menos inconclusivo.

Como cidadão português custou-me ver o nome do 1º Ministro do meu país, ali, pespegado como suspeito, numa carta da polícia inglesa, como se Portugal não passasse de um Condado do norte de Inglaterra e Sócrates o seu Sherife.

Será que a Diplomacia, nestes casos, não deveria ser o meio de comunicação?... mas vindo de onde veio não é de admirar, sempre assim foi ao longo da história.

Voltando aos Prós e Contras desta semana, e para que aprendamos mais alguma coisa, vou dar a palavra ao Macroscópio cujo autor é especialista nestas coisas da política, na qualidade de Doutorado na matéria, mas que, infelizmente, não faz parte do pequeno grupo de “sempre os mesmos”a aparecerem.

Felizmente, o mundo da blogosfera integra cada vez mais pessoas, a sua dimensão atinge hoje foros de um novo mundo da comunicação e por isso, vozes como a do Rui do Macroscópio, adquirem cada vez mais importância e divulgação:

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