terça-feira, julho 28, 2009


CORRUPÇÃO


AS ESCOLAS DO CRIME


NÃO SE TRATA DE OS FUNCIONÁRIOS SEREM HONESTOS OU DESONESTOS, TRATA-SE DA TOLERÂNCIA INSTITUCIONALIZADA DA CORRUPÇÃO


A tese é de Pacheco Pereira:

- Os partidos que são o esteio da democracia portuguesa – PS, PSD, PP – convivem sem dificuldade com práticas que dão origem a carreiras que desembocam no crime. São escolas de crime e devem ser consideradas responsáveis pelos crimes praticados pelos seus altos dirigentes.


Segundo a opinião do Fiscalista Saldanha Sanches, é estranho que tendo esta tese sido publicada ninguém tenha reagido, nenhum Telejornal se tenha referido a ela, ou seja, ninguém ligou, ninguém se indignou ou ameaçou com um processo por difamação.

Pacheco Pereira já tinha proposto que este assunto da Corrupção – um dos principais problemas da democracia portuguesa - fosse um dos temas principais das próximas campanhas eleitorais.

As carreiras criminosas começam nas “jotas”: são o primeiro passo para os grandes negócios escuros, depois do tirocínio num lugar de assessor ou vereador numa Câmara ou noutros lugares (empresas públicas municipais ou estaduais) que os partidos do governo consideram seus.

De referir, igualmente, as ferozes lutas dentro de cada partido por poder e por lugares e como essas lutas envenenam toda a gestão da coisa pública.

Como se demonstra no Relatório do Conselho de Prevenção da Corrupção, os maus hábitos instalaram-se na Função Pública. Não se trata de os funcionários serem honestos ou desonestos, trata-se da tolerância institucionalizada e generalizada da corrupção.

A corrupção ajuda a explicar o inexplicável:

- O motivo pelo qual a chegada dos fundos comunitários e de outras ajudas comunitárias não chegaram para qualquer crescimento da economia portuguesa.

O silêncio com que foram recebidas as acusações de Pacheco Pereira demonstram a eficácia que possuem os interesses instalados à volta da corrupção (e suas agências de comunicação) que não podendo impedir as discussões à volta dela conseguem, no entanto, transformar estas ondas de indignação em fogachos que pouco duram.

(Extraído de um artigo do Jornal Expresso da autoria de Saldanha Sanches)



Saldanha Sanches e Pacheco Pereira têm razão: as cumplicidades partidárias para a apropriação de lugares e poder constituem um cancro na nossa democracia e provocam atrasos irreparáveis no desenvolvimento do país.

É uma herança histórica que recebemos dos nossos ancestrais e que tem sido aproveitada para minar a democracia. Haverá, realmente a sério, alguma coisa que possa ser feito?

Saldanha Sanches, Pacheco Pereira e outros denunciam e é importante
que o façam mas parece
que ninguém tem a solução.

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