segunda-feira, agosto 23, 2010


ENTREVISTAS


FICCIONADAS


COM JESUS CRISTO



Entrevista Nº 56



TEMA – ASCENSÃO E ASSUNÇÃO



Raquel – Emissoras Latinas continua na Nazaré. Na cave da igreja da Sagrada Família um cemitério dos tempos de Jesus. Até aqui chegámos na companhia do mesmo senhor Jesus Cristo.
Estarão aqui os restos dos seus familiares?

Jesus – Quando o meu pai morreu enterrámo-lo onde se sepultavam todos os nazarenos. Mas isto mudou tanto…

Raquel – Foi duro para o senhor?

Jesus – Sim, minha mãe ficava viúva com vários filhos… tudo mudou na família quando faltou o meu pai.

Raquel – E como morreu ele?

Jesus - Não de enfermidade nem de velhice… os homens adiantaram-lhe a sua hora. Eram tempos difíceis na Galileia. Os soldados romanos cometiam muitos atropelos e o meu pai era um homem justo. Por esconder una rapazes que fugiam de uma matança os soldados deram-lhe uma tareia que o deixaram muito ferido e ele não mais se levantou.

Raquel – Sinto ter-lhe recordado essa dor… e sua mãe?... Onde morreu ela?

Jesus – Creio que em Jerusalém. Mas ouvi dizer que não, que foi em Éfaso, essa cidade tão distante para onde João a levou… como eu lhe tinha pedido que cuidasse dela… Mas diz-me, por que queres que eu fale disto, Raquel?

Raquel – Por que os nossos ouvintes querem saber se é verdade o que dizem sobre o final da vida de sua mãe.

Jesus – E o que se diz, Raquel?

Raquel – Que ela não morreu, porque… porque não podia morrer…

Jesus – Não pode ser… todos morremos. Vimos do pó e ao pó regressaremos.

Raquel – Dizem também que o corpo de sua mãe era tão imaculado que a terra não o podia tragar.

Jesus – Quando o grão de trigo cai na terra, apodrece mas não morre. Segue vivendo numa nova espiga.

Raquel – Bem, dizem que ela não morreu mas que adormeceu. Isso do sono será verdade ou lenda?

Jesus – É uma bonita parábola. Porque ao morrer despertamos em Deus. Fecha-se uma porta, outra se abre…

Raquel – Mas não falam de uma porta e sim de uma escada… Afirmam que Maria subiu ao céu. É um caso distinto do seu. Porque do senhor sabemos que se elevou por si só e a ela a carregaram os anjos.

Jesus – É isso que dizem?

Raquel Sim, e ainda hoje.

Jesus – Creio que começaram a inventar.

Raquel – Não, é um dogma da fé: a palavra oficial que usam no seu caso é a “ascensão”. No dela é a “assunção”. Em linguagem actual diríamos que o senhor se “propulsou” até às alturas enquanto que a sua mãe foi “sugada”.

Jesus – Que disparate, Raquel!... Ninguém tem que subir a parte nenhuma porque Deus não está acima. Está aqui, dentro de mim, dentro de ti. Deus é o coração de todas as criaturas.

Raquel – E o céu, então? Em programas anteriores o senhor nos disse que não há inferno… tão pouco há céu? Que se passa depois da morte?

Jesus – O céu é obra das suas mãos. Vivemos nas mãos de Deus e ao morrer seguiremos nas suas mãos.

Raquel – Mas, se não é pedir demais, como o senhor vem do “além” poderia adiantar-nos algo?

Jesus – Se uma criança, antes de nascer, lhe contassem o que vai ver fora do ventre da sua mãe, não acreditaria, não entenderia tão pouco.

Raquel – Mas uma pista, um avanço, sequer?

Jesus – Asseguro-te que nem eu o vi, nem o escutei, nem a minha mente pode imaginar o que Deus tem preparado para aqueles que amam a verdade.

Raquel – Então, ficaremos entre o céu e a terra. Nem “ascensões”nem “assunções” mas sim uma grande esperança.

De Nazaré, Raquel Perez, Emissoras Latinas

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