Mãe Coragem
Certo dia, uma senhora com o seu bebé de dois ou três meses esperava atendimento no Ministério Público, buscando auxílio para que o pai fosse compelido a pagar a pensão de alimentos. Via-se que era extremamente pobre, jovem, mas com a tez já devorada pelas rugas do sofrimento e, ao que me pareceu, de inanição.
O recém-nascido entrou em pranto estridente, denunciando agonia por fome de leite.
A mãe, ignorando que existia leite em pó ou outro sucedâneo, desesperava, pois os seus seios mirravam da seiva da vida.
Sendo já choro lancinante, a Drª Leonor Esteves, ouvindo do seu gabinete, acercou-se daquela mãe, e como estava em período de aleitação do seu primogénito logo pegou no bebé, à vista de toda a gente que entretanto se juntara, e deu o seu peito, saciando aquele infeliz imberbe.
O dramaturgo Bertolt Brecht autor de uma peça denominada “Mãe Coragem e os Seus Filhos” conta a história de uma vendedora ambulante, mãe de três filhos, que segue um exército em guerra para com ele fazer lucro. Ao longo desse percurso obstinado de 12 anos, ela acaba por ver morrer todos os seus filhos.
O episódio em que intervém a Drª Leonor Esteves aconteceu em Lamego, num Tribunal daquela Comarca, há cerca de duas décadas e é-nos contado no Boletim da Ordem dos Advogados.
Dele, retiramos dois exemplos de “mãe coragem” qualquer deles comprovativo do que as mulheres, na relação da maternidade, sem vacilar, fazem pelos filhos:
- De um lado, a juíza, que sem pruridos ou preconceitos despiu a toga para de imediato, sem hesitações e em público, amamentar um bebé que não era o dela, no superior papel de mulher e mãe;
- Do outro, uma jovem mãe, pobre e frágil que arrosta com os corredores dos Tribunais para pedir ajuda ao Ministério Público no cumprimento da lei naquilo que respeita às mais legítimas, mínimas e elementares obrigações paternais: colaborar na criação do seu filho com o pagamento da pensão de alimentos.
Sem dúvida, ambas “Mãe Coragem”.
O recém-nascido entrou em pranto estridente, denunciando agonia por fome de leite.
A mãe, ignorando que existia leite em pó ou outro sucedâneo, desesperava, pois os seus seios mirravam da seiva da vida.
Sendo já choro lancinante, a Drª Leonor Esteves, ouvindo do seu gabinete, acercou-se daquela mãe, e como estava em período de aleitação do seu primogénito logo pegou no bebé, à vista de toda a gente que entretanto se juntara, e deu o seu peito, saciando aquele infeliz imberbe.
O dramaturgo Bertolt Brecht autor de uma peça denominada “Mãe Coragem e os Seus Filhos” conta a história de uma vendedora ambulante, mãe de três filhos, que segue um exército em guerra para com ele fazer lucro. Ao longo desse percurso obstinado de 12 anos, ela acaba por ver morrer todos os seus filhos.
O episódio em que intervém a Drª Leonor Esteves aconteceu em Lamego, num Tribunal daquela Comarca, há cerca de duas décadas e é-nos contado no Boletim da Ordem dos Advogados.
Dele, retiramos dois exemplos de “mãe coragem” qualquer deles comprovativo do que as mulheres, na relação da maternidade, sem vacilar, fazem pelos filhos:
- De um lado, a juíza, que sem pruridos ou preconceitos despiu a toga para de imediato, sem hesitações e em público, amamentar um bebé que não era o dela, no superior papel de mulher e mãe;
- Do outro, uma jovem mãe, pobre e frágil que arrosta com os corredores dos Tribunais para pedir ajuda ao Ministério Público no cumprimento da lei naquilo que respeita às mais legítimas, mínimas e elementares obrigações paternais: colaborar na criação do seu filho com o pagamento da pensão de alimentos.
Sem dúvida, ambas “Mãe Coragem”.
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