terça-feira, setembro 21, 2010


ADITAMENTO
AO EPITÁFIO


Como podemos nós, os poucos privilegiados que, contra todas as probabilidades, ganhámos a lotaria do nascimento atrever-nos a queixar do nosso inevitável regresso a esse estado anterior do qual a esmagadora maioria nunca despertou?

É evidente que existem excepções, mas eu desconfio, que para muitas pessoas, a principal razão pela qual se mantêm agarrados à religião não é o facto de esta dar consolo, mas de lhes ter faltado o apoio do sistema educativo e de ensino e de não ter sequer a consciência de que a não-crença é uma opção.

Isto é seguramente verdade para a maior parte das pessoas que se julgam Criacionistas. O que aconteceu, pura e simplesmente, foi que não lhes ensinaram de maneira adequada a espantosa alternativa proposta por Darwin. Provavelmente, o mesmo será verdade no que se refere a esse mito desmerecedor que diz que as pessoas “necessitam” da religião.

Num recente colóquio realizado em 2006, um antropólogo citou Golda Meir quando lhe perguntaram se acreditava em Deus. “Acredito no povo judeu, e o povo judeu acredita em Deus”. O nosso antropólogo ofereceu a sua versão da frase: “Acredito nas pessoas e as pessoas acreditam em Deus”.

Quanto a mim prefiro dizer, simplesmente, acredito nas pessoas e sucede que as pessoas, quando devidamente incentivadas a pensar, pela sua cabeça, em toda a informação actualmente disponível, muitas vezes não acreditam em Deus e levam vidas realizadas, felizes e efectivamente
libertas.

Site Meter