quarta-feira, setembro 29, 2010

JOSÉ VIANA - O CACILHEIRO
A travessia do Tejo é quase tão antiga como o próprio rio. Assim dito parece um exagero mas, de facto, perde-se na memória do tempo a origem do transporte de pessoas e bens por via fluvial entre as margens do Tejo. Os primeiros registos de que há notícia reportam um encontro entre as autoridades de Almada e Lisboa, em 1284, Séc. XIII, para "discussão dos preços da travessia do Tejo a cobrar a homens, bestas e cestos", mas isto é história... Eu próprio, logo no início dos anos 40, atavessava o rio para visitar a minha avó materna que era de Paio Pires, na "outra banda", conhecida no lugar pela t'i Júlia da "Quarela".
José Viana foi um artista completo: cantor, actor, pintor, encenador e músico. Nasceu em Lisboa em 1922 e faleceu em 2003 com 81 anos. Nas andanças da Revista conheceu a artista brasileira Juju Batista, que lhe deu uma filha, a Maria, mas é Dora Leal, com quem também contracena, que se torna sua companheira para o resto da vida e lhe dá mais duas filhas: outra Maria e uma Madalena. O fado Zé Cacilheiro, de César de Oliveira, Paulo Fonseca/Carlos Dias, surge em 1966, na revista "Zero, Zero, Zero - Ordem para Matar" e marca em definitivo o estilo próprio do artista.

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