INFORMAÇÕES ADICIONAIS
À ENTRVISTA Nº 65 SOB O TEMA:
OS SACERDOTES (3)
OS SACERDOTES (3)
Um Livro Polémico
O teólogo católico alemão, Eugen Drewermann no seu polémico livro “Clérigos”, analisa na sua qualidade de psicanalista, as características da “vocação” sacerdotal e da vocação de religiosos e religiosas para chegar a conclusões demolidoras das raízes patogénicas do “funcionariado” católico e, por extensão, das sociedades influenciadas desde há séculos pela moral católica.
Extenso, provocador e cheio de informações e reflexões, o propósito deste livro é libertador.
Diz Eugen Drewermann ao assinalar esses objectivos:
“A maneira mais simples de desempenhar esse halo de predilecção divina que parecem ter os clérigos é mostrar essa imagem de superioridade, com ares de super-terrestres tecida de repressões e de transferências psicológicas de natureza bem terrestre.”
É um livro que recomendamos pela lucidez e audácia.
Mulheres Com Tarefas Sacerdotais
Todas as culturas patriarcais consideraram a tarefa sacerdotal – mediação entre o humano e o divino – correspondendo privilegiadamente aos homens.
Ainda assim, nas religiões antigas houve sacerdotizas em alguns cultos greco-romanas e egípcias.
Actualmente, há culturas religiosas que incluem as mulheres como “xamãs” (que entram em transe durante os rituais religiosos). As religiões monoteístas (judaísmo, cristianismo e islamismo) excluíram totalmente as mulheres do sacerdócio.
Na história das religiões as mulheres sacerdotisas estiveram ligadas a cultos de fecundidade, a ritos relacionados com a vida vegetal e animal, a cerimónias centradas na dança e a música, em festas que celebram a sexualidade. Em troca, o sacerdócio masculino aparece ligado a uma religião de sacrifícios cruéis, sangrentos, impondo normas, restrições, repressões, a expiação de pecados, a autoridade, as guerras, a violência e a crueldade.
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