sábado, abril 09, 2011


INFORMAÇÕES ADICIONAIS


À ENTREVISTA Nº 89 SOB O TEMA:

“A BÍBLIA E A ECOLOGIA” (3)


Em ambos os casos foi útil e culturalmente valioso o crescimento da população e desenvolveu um “meme” que foi codificado na Bíblia, um daqueles livros que alguns dos habitantes do mundo consideraram de sagrado por um prazo de obrigatório cumprimento, pois se aceitava como exógeno ao sistema social: “ Crescei, multiplicai-vos e enchei a terra".
Este “meme” cultural gerou, ao existir uma disponibilidade crescente de energia, uma superlotação totalmente desnecessária. Ao mesmo tempo, ele desenvolveu outro “meme” cultural: a ânsia de posse sobre as necessidades básicas. Posto que para garantir a sobrevivência dos indivíduos e famílias era necessário ter outras pessoas como ferramentas, a posse dessa e de outras riquezas equivalentes tornou-se mais um “meme” cultural adicional.
Novamente, a disponibilidade de energia tem levado ao desenvolvimento de uma ideia de consumo e ao acelerar do ritmo de vida totalmente desnecessário, que permanece e se propaga à população mundial. Para satisfazer estes dois “memes” culturais, procura-se mais energia, fácil e rápida mas mais poluente em vez de orientar esses esforços noutras direcções: a redução da população e o uso de outras energias limpas.
A sobrevivência humana depende hoje de considerações diferentes das que se colocavam há milhares de anos. Em vez de necessitarmos de seres humanos como mão-de-obra necessitamos dos cérebros desses humanos com ideias criadoras. Em vez da riqueza derivada de uma energia imediata, precisamos de energia sofisticada em formas cada vez mais tecnológicas.
A sobrevivência de cada um depende agora da sobrevivência de toda a sociedade, da nossa capacidade de combater as alterações climáticas.
(O dióxido de carbono que libertamos para a atmosfera é absorvido pelos oceanos e lentamente acidifica-se. Em 2100 ainda haverá ostras, mexilhões e recifes de coral?)

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