sábado, junho 18, 2011

INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES



À ENTREVISTA Nº 98 SOB O TEMA:


“RESSURREIÇÂO?” (5)




Ele Trouxe a Vida e Retorna à Vida

A escritora britânica Lesley Hazleton constrói uma imagem arrojada e bela em seu livro "Maria, uma virgem de carne e osso”. Faz entrar Maria na tumba de Jesus, acompanhado de Madalena e de outras mulheres. Juntas desafiam o fedor e a dor da morte, que haviam testemunhado impotentes e desesperadas. Em seguida, Maria se acerca de Jesus, segura-lhe a cabeça com força e o "trás de volta à vida." Ela pode fazer isso, é a mãe. Se ela o havia trazido à vida, lhe devolve de novo a vida.

Hazleton conclui a sua imagem com uma ideia central, muitas vezes minimizada: O cristianismo começa com essas mulheres. Nem Paulo nem Pedro, nem com nenhum da longa lista de santos e papas, mas com estas mulheres no sepulcro. Elas são o núcleo fundador do cristianismo: as últimas a verem o corpo de Jesus e as primeiras que o viram ressuscitado.

E explica por que isto aconteceu assim: Maria tem que fazer isso para seu próprio bem e para além de seu filho. A alternativa é ser reduzida à dor mais terrível e a pesadelos para o resto de sua vida. Maria não poderia ter salvo o filho. Ela não podia ter-se oferecido em seu lugar. Mas ainda podia actuar. Poderia quebrar a inércia e livrar-se do papel passivo de testemunha, transformando-o num papel activo. "Não deixe que isto passe despercebido", deve ter dito e apela à acção. "Não é a mulher que sofre em silêncio. Acima de tudo, não permanece em silêncio. E então, quando decidiu que não faria, decidiu o que fazer: "Há que fazê-los ouvir a sua voz”. Fazer com que esse sacrifício tenha um significado: “Torná-lo importante para o mundo.”
Maria comportou -se como a mãe dos Macabeus, como todas as mães que mantiveram vivos os seus filhos mortos prematuramente.

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