HOJE É
DOMINGO
(Da minha Cidade de Santarém)
(Da minha Cidade de Santarém)
Nesta manhã de Domingo, à mesa do meu Café, parece que o mês de Agosto de um Verão arrependido perdeu finalmente a vergonha e aí o temos com temperaturas a rondar os 40 graus. Ainda bem, assim não desiludimos os veraneantes, muitos estrangeiros, esticados nas areias das nossas belas praias, sedentos de sol. Mais que nunca, dois nossos produtos por excelência, o sol e a praia têm que continuar a corresponder à fama que muito justamente conquistaram.
Pessoalmente, dispenso: o calor do sol incomoda-me e a temperatura das águas do mar, fria, está longe de ser convidativa como acontece com a das praias do nordeste brasileiro, concretamente a de João Pessoa, que conheço e onde já me banhei. Que diferença… a gente fica dentro dela conversando, “batendo papo”, reconfortados pela água tépida.
Mas da praia, gosto especialmente dos passeios à beira-mar, muito pela manhã, naquela zona da areia onde as ondas vêm morrer completamente. O convívio com a natureza, tal como o de uma mulher, requer intimidade, privacidade, isolamento, recato e aquele amontoado de pessoas alinhadas na areia, umas de costas, outras de barriga, fazendo da praia uma espécie de feira de assar corpos, tal como sardinhas em grelhador, sinceramente, não me atrai.
Fora desses ajuntamentos, gosto especialmente de espraiar o olhar pela linha do horizonte onde nada detém a nossa vista e deixar-me penetrar por aquela sensação de infinito do verde do mar que se casa com o do azul do céu e ficar assim, a olhar… só a olhar.
Ali naquele mar, um dia, a vida saiu a bisbilhotar o que se passava fora dele. Alguma dela, muito mais tarde, regressou ciosa do meio líquido, saiu-se bem e cresceu, não parou de crescer, tornaram-se campeões dos oceanos e hoje olham-nos incrédulos, inquiridores, quando lhes espetamos os arpões.
Esta é uma boa reflexão quando, na praia, descontraidamente, alongamos a vista por aquela imensidão esquecendo que também ela esconde os seus dramas, estes evitáveis e condenáveis, da nossa responsabilidade.
Tenho uma especial admiração pelas baleias, elefantes e árvores idosas e gigantes porque com o seu enorme tamanho constituíram-se em vencedores, assumiram a qualidade de monumentos vivos que admiramos respeitosamente. Disputaram com êxito o seu lugar na natureza, impuseram-se aos outros, ganharam-lhes em majestade… apenas o homem, invejoso e egoísta, logo que adquiriu a capacidade de os matar partiu para a sua eliminação com os mais fúteis e míseros pretextos e justificações… mas estes não são bons pensamentos para um passeio matinal numa praia à beira do mar num dia solarengo de um mês de Agosto.
Um Bom Domingo para todos… na praia ou onde quer que estejam.
Mas da praia, gosto especialmente dos passeios à beira-mar, muito pela manhã, naquela zona da areia onde as ondas vêm morrer completamente. O convívio com a natureza, tal como o de uma mulher, requer intimidade, privacidade, isolamento, recato e aquele amontoado de pessoas alinhadas na areia, umas de costas, outras de barriga, fazendo da praia uma espécie de feira de assar corpos, tal como sardinhas em grelhador, sinceramente, não me atrai.
Fora desses ajuntamentos, gosto especialmente de espraiar o olhar pela linha do horizonte onde nada detém a nossa vista e deixar-me penetrar por aquela sensação de infinito do verde do mar que se casa com o do azul do céu e ficar assim, a olhar… só a olhar.
Ali naquele mar, um dia, a vida saiu a bisbilhotar o que se passava fora dele. Alguma dela, muito mais tarde, regressou ciosa do meio líquido, saiu-se bem e cresceu, não parou de crescer, tornaram-se campeões dos oceanos e hoje olham-nos incrédulos, inquiridores, quando lhes espetamos os arpões.
Esta é uma boa reflexão quando, na praia, descontraidamente, alongamos a vista por aquela imensidão esquecendo que também ela esconde os seus dramas, estes evitáveis e condenáveis, da nossa responsabilidade.
Tenho uma especial admiração pelas baleias, elefantes e árvores idosas e gigantes porque com o seu enorme tamanho constituíram-se em vencedores, assumiram a qualidade de monumentos vivos que admiramos respeitosamente. Disputaram com êxito o seu lugar na natureza, impuseram-se aos outros, ganharam-lhes em majestade… apenas o homem, invejoso e egoísta, logo que adquiriu a capacidade de os matar partiu para a sua eliminação com os mais fúteis e míseros pretextos e justificações… mas estes não são bons pensamentos para um passeio matinal numa praia à beira do mar num dia solarengo de um mês de Agosto.
Um Bom Domingo para todos… na praia ou onde quer que estejam.
(Largo, onde no tempo do Sidónio Pais - 1918 - funcionava a Câmara Municipal)
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