INFORMAÇÕES ADICIONAIS
À ENTREVISTA Nº 31 SOBRE O TEMA :
"DEZ FAZ MILAGRES?" (1)
"DEZ FAZ MILAGRES?" (1)
Director de um Casino
O problema do mal no mundo sempre foi, para qualquer consciência sensível, o Maior Problema enfrentado pela fé em Deus. Essa dificuldade vem de uma certa imagem de Deus: se Deus é o criador de tudo, se é todo-poderoso e infinitamente bom, por que é que Ele permite o sofrimento, os desastres, a morte? Não poderia evitar isso? Não poderia agir para impedir o mal, não poderia fazer milagres para livrar-nos de tanta dor?
Às vezes, são as metáforas, as comparações, que nos ajudam, não a dar a resposta, mas a perguntar noutra direcção. É isso que faz o teólogo alemão Eugen Drewermann quando reflete:
- “Um Deus não é concebível como o homem que planeia o horário dos trens. Se me permitem uma imagem, utilizaria a de um director de um casino que não coloca todos os jogadores a ganhar pela curiosidade em saber o que iria acontecer. Eu imagino um Deus que se adianta à realidade do mundo tal como ele é. Se existe, renunciou a saber qual será o destino deste mundo. Para as ciências naturais, que são movidas pela relação entre o acaso e a necessidade, é uma imagem apropriada que nos permite entender por que tantas maravilhas coabitam a nossa terra em simultâneo com tanto sofrimento. As duas coisas estão relacionadas de uma maneira inseparável e há que assumi-lo e até ao fim.
- “Um Deus não é concebível como o homem que planeia o horário dos trens. Se me permitem uma imagem, utilizaria a de um director de um casino que não coloca todos os jogadores a ganhar pela curiosidade em saber o que iria acontecer. Eu imagino um Deus que se adianta à realidade do mundo tal como ele é. Se existe, renunciou a saber qual será o destino deste mundo. Para as ciências naturais, que são movidas pela relação entre o acaso e a necessidade, é uma imagem apropriada que nos permite entender por que tantas maravilhas coabitam a nossa terra em simultâneo com tanto sofrimento. As duas coisas estão relacionadas de uma maneira inseparável e há que assumi-lo e até ao fim.
Os seres humanos têm que aprender a aceitar um mundo aberto e não determinado, porque é isso que nos torna totalmente responsáveis pelas nossas acções.
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