quarta-feira, janeiro 25, 2012

INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES


À ENTREVISTA Nª36 SOBRE O TEMA:


“O ATEÌSMO” (1)




No caminho de Jerusalém para Jericó


Actualmente, a estrada de Jerusalém a Jericó é, como no tempo de Jesus, impressionante pela sua nudez. É ladeada por montanhas cinzentas e estéreis. Num dos cantos, uma pequena capela, chamada o Bom Samaritano, lembra a parábola de Jesus (Lucas 10:25-37). Jesus usou uma autêntica teologia da "provocação" ao fazer protagonista de uma das suas parábolas mais importantes um samaritano.

"Teologia da Provocação" ou "A Parábola do Bom Samaritano"

Embora os samaritanos fossem descendentes das tribos que formaram o povo de Israel, uma rebelião que ocorreu, alguns milhares de anos antes de Jesus, distanciou os judeus do Sul que estabeleceram o seu centro religioso no Monte Sião, em Jerusalém, enquanto os samaritanos o estabeleceram em Siquém e Monte Gerizim.

Dois séculos mais tarde, os samaritanos foram para o exílio e experimentaram a mestiçagem que os fez ainda mais "diferentes" aos olhos dos outros judeus.

No tempo de Jesus os samaritanos eram muito mal vistos pelos judeus, especialmente pelos professores e doutores da lei que sentiam por essas pessoas um profundo desprezo, uma mistura de nacionalismo e racismo.

Consideraram também que os samaritanos não acreditavam em Deus porque acreditavam em “outro” Deus ", diferente do deles, e realizavam "outros" cultos noutros" templos.

Comentando a "teologia da provocação" de Jesus diz que o teólogo espanhol José María Marín:

- “Ao contar a parábola do Bom Samaritano, Jesus frustrou as expectativas de seu público que, após a falta de solidariedade do sacerdote e do levita, (judeus) em vez de aparecer como herói um israelita justo apareceu um samaritano para ajudar o viajante agredido, ele, samaritano, que é o inimigo natural, o herege, o samaritano!

Jesus frustra as expectativas dos seus ouvintes para mostrar que o reino de Deus está para além de todas as fronteiras entre os seres humanos, todos eles são vizinhos, próximos. Ao desfazer as expectativas excitou as suas emoções para tornar mais forte a sua reacção.

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