terça-feira, março 27, 2012

INFORMAÇÕES ADICIONAIS


À ENTREVISTA Nº 43 SOBRE O TEMA:

“JESUS E A SIDA” (5)


Posições do Vaticano mais Perto


A rígida, e até mesmo criminosa posição dos líderes da Igreja Católica contra o uso de preservativos para prevenir a SIDA - doutrina oficial do Vaticano, foi amplamente discutida na reunião em São Salvador. Monsenhor Jacques Suaudeau, então à frente do Conselho Pontifício para a Família, sugeriu que a prevenção do HIV não ficasse pela promoção de preservativos:
- “Devem elevar-se para outro nível e lançarem-se as verdadeiras raízes sociais, económicas, políticas e morais da epidemia”
Esta posição é partilhada e pela ONUSIDA. Dada a gravidade da epidemia, houve uma aproximação de posições entre as instâncias internacionais e o Vaticano. A Cáritas Internacional tem desempenhado um papel importante neste processo.
Robert Vitillo, um sacerdote do E.U. e um dos presidentes do Grupo de Trabalho sobre a SIDA da Caritas Internacional, diz:

- Em 1987 as Nações Unidas e a maioria dos governos não estão falando sobre a abstinência e a fidelidade dentro do casamento para evitar SIDA. Uma vez, o diretor da OMS na época, o Sr. Makajima, solicitou uma reunião connosco e perguntou: - “Por que o Papa é contra a camisinha? E eu disse: Por que você é contra o casamento? O Director da OMS reagiu dizendo que não eram contra o casamento, ao que Vitillo alegou que as mensagens e informações da ONU nunca mencionam o casamento ou abstinência e essas também são medidas eficazes para prevenir a SIDA.

Vitillo acredita que, a partir dessa reunião, o ONUSIDA entendeu melhor a posição da Igreja Católica e foram gradualmente mudando as mensagens.
Mas, assim como a Igreja Católica tem influenciado as mensagens de saúde pública sobre a SIDA, a epidemia continua a desafiar a Igreja Católica de hoje para falar com franqueza sobre os direitos sexuais e os aspectos antropológicos e éticos da sexualidade.

Depois de uma longa história de rejeição do prazer sexual, difamação contínua da sexualidade e da misoginia, as resistências são ainda muito maiores do que progresso. Em alguns lugares o preconceito da Igreja Católica contra o uso de preservativos ou camisinhas para prevenir a SIDA e outras doenças sexualmente transmissíveis, ainda existe e continua a ser incentivado desde o púlpito, porque o preservativo também funciona como contraceptivo.

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