OS TINCOÃS (1973)
Em 1975 a primeira grande baixa no grupo ocorre com a morte de Heraldo, depois
de gravar um compacto e uma faixa, "Banzo", no LP da trilha sonora da novela
Escrava Isaura. A lacuna foi preenchida com a entrada de Morais, permanecendo
por pouco tempo, mas participando do terceiro LP do grupo, "O Africanito",
lançado em 1975. Logo depois, substituindo Morais, foi incorporado ao trio o
vocalista Badu, mantendo dessa forma a tradição e a qualidade musical do grupo.
No ano de 1977 gravaram um outro disco destacando-se a música "Cordeiro de
Nana", de Mateus e Dadinho
Em 1983 Os Tincoãs foram para Angola
para temporada de uma semana em Luanda, e lá se estabeleceram, participando de
projetos da Secretaria de Estado da Cultura de Angola, que entre suas
prioridades visava identificar valores angolanos na cultura e na música
brasileira, além de estabelecer ligações entre o culto angolano e o candomblé
praticado no Brasil. Nessa ocasião gravaram o disco Afro Canto Coral Barroco,
com a participação do coral dos Correios e Telégrafos do Rio de Janeiro, sob a
regência do maestro Leonardo Bruno e produção de Adelzon Alves. Este disco
permaneceu inédito, só sendo lançado em 2003, portanto vinte após a sua
gravação.
Em 1984 Badu desligou-se do grupo, porém Mateus e Dadinho
permaneceram juntos e em 1985 gravaram um disco no Brasil pela gravadora CID,
que foi lançado em Angola. No país que abraçaram trabalharam em Luanda, Huambo,
Lubango, Benguela, Namibe e Bengo e puderam ver de perto as batalhas que
redundaram na guerra pela independência. Com a morte de Dadinho em 2000 o grupo
se desfez, mas deixou um legado dos mais primorosos para a música popular
brasileira, como um dos principais representantes das raízes de nossa música de
origem africana. Discos e músicas inesquecíveis. (Luiz Américo Lisboa Junior)
OS TINCOÃS - OBALUÉ
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