À ENTREVISTA Nº 53 SOBRE O
TEMA:
“O ABORTO?” (5)
A "santa" anti-aborto
Como peça de
uma campanha anti-aborto que o Vaticano lidera em todo o mundo, foi proclamada
"santa" da Igreja Católica em Maio de 2004 pelo Papa João Paulo II, a
médica italiana Gianna Beretta Molla (1922-1962). O ato heróico que lhe valeu esta honra
foi a escolha de dar à luz em vez de salvar a sua saúde e sua vida.
Gianna
Beretta tinha marido e três filhos. No
segundo mês de sua quarta gravidez é detectado um mioma canceroso perto do útero
que ameaçava a sua saúde e a do feto. O
médico disse –lhe que para salvar a sua vida tinha que interromper a gravidez. Havia três alternativas: laparotomia total
com remoção do mioma e do útero, o que lhe teria salvo a vida e pararia a
formação do feto; a interrupção da gravidez e extracção do mioma, o que
permitiria ter mais filhos e, finalmente, extracção só do mioma sem interromper
a gravidez.
Para não
interromper a gravidez, para não "pecar", Gianna escolheu o terceiro,
o mais perigoso para ela e mais grave para o seu futuro.
Ela passou
por uma cirurgia e a gravidez continuou. Sete
dias após dar à luz sua quarta filha, morreu de cancro, como lhe tinham anunciado
médicos. Ela deixou um viúvo e
quatro órfãos. Ao saber de sua
morte, o então Papa Paulo VI elogiou a decisão dela e chamou-lhe "meditada-imolação".
O Papa João Paulo II canonizou-a e a apresentou
às mulheres e esposas católicas como “modelo a seguir, exemplo de beleza pura, casta e fecunda do
amor conjugal vivida em resposta ao chamamento divino.
<< Home