terça-feira, junho 19, 2012


INFORMAÇÔES COMPLEMENTARES
À ENTREVISTA Nº 53 SOBRE O TEMA:
“ABORTO?” (6)

O que as religiões não cristãs dizem sobre o aborto?

Todas as religiões têm reflectido sobre aborto e têm uma posição sobre a interrupção da gravidez.  Porque todas as religiões, ao procurarem o sentido da vida, regulam o que deve ser feito para a respeitar, desenvolver e preservá-la.
Todas as religiões entendem que a vida é sagrada, um dom de Deus, dos deuses. No judaísmo, as correntes mais ortodoxas opõem-se ao aborto, mas aceitam-no sempre que  a vida e a saúde das mulheres estejam em risco. Em todos as correntes a vida da mãe tem sempre precedência sobre a do feto.  E não se considera o feto como pessoa de plenos direitos para até ao momento do nascimento.  Na maioria das vezes deixam a decisão de abortar nas mãos de mulheres, em consulta com o rabino.
No Islão, há correntes diferentes, que vão desde a proibição estrita do aborto até a permitirem de forma incondicional.  A ideia comumente   aceite é a de que o feto começa a ter "alma" após 120 dias de gestação, por isso o aborto é permitido geralmente até esse tempo. A mãe, sua saúde e vida têm sempre prioridade mesmo nas correntes mais radicais.
 O Hinduísmo considera a vida humana em perpétua evolução, sempre favorece a vida e a saúde das mulheres e permite a interrupção da gravidez numa perspectiva muito ampla.
Nas várias escolas do budismo é o respeito essencial para a vida, toda vida, e a rejeição de toda a violência.  Também essencial é a intenção com que age a pessoa e o auto-conhecimento que cada pessoa tem do que faz.  A partir dessas perspectivas, há uma grande flexibilidade na decisão de abortar, considerando as diversas circunstâncias em que uma pessoa decide.
  

Site Meter