sexta-feira, julho 13, 2012


INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES
À ENTREVISTA Nº 56 SOBRE
 O TEMA: “HOMOSSEXUALIDADE” (2)


Paulo, um fariseu

Ao rejeitar o texto tão excludente de Paulo contra os homossexuais (1 Coríntios 6: 9-10), Jesus lembra a Raquel que Paulo era um fariseu.  Saulo de Tarso -  era o seu nome e a cidade de nascimento -  não conhecia Jesus, e nunca leu nenhum dos textos que os evangelistas escreveram sobre Jesus, porque foram escritos depois dele ter viajado pelas principais cidades do império, Atenas, Corinto, Tessalónica, Alexandria, espalhando a sua própria interpretação da vida e da mensagem de Jesus. Com toda a probabilidade, uma interpretação enviesada pelas suas origens culturais e teológicas.
As viagens e a capacidade de organização de Paulo foram fundamentais para difundir o cristianismo pelo Império Romano.  Mas o "Cristianismo" de Paulo foi em tudo fiel à mensagem original de Jesus e do seu movimento, caracterizado pela exigência da inclusão e da equidade nas relações humanas?  Hoje abunda reflexão que contrasta a tradição de Jesus com a de Paulo e assinala essas contradições entre eles.
Ao contrário de Jesus, Paulo nasceu numa família rica e recebeu uma educação completa em grego e educação rabínica, com os doutores da Lei em Jerusalém. Na fase da sua vida pré-cristã, Paulo perseguiu violentamente os primeiros seguidores de Jesus por estar muito perto da mentalidade dos fariseus, que era severa, intolerante, preconceituosa e excludente e foi constantemente questionada e rejeitado por Jesus.  A partir desta concepção religiosa, e com base em posteriores experiências pessoais e emocionais, Paul interpretou Jesus e sua mensagem mas sempre ficou algo das suas origens farisaicas.

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