À ENTREVISTA Nº 56 SOBRE O
TEMA: “HOMOSSEXUALIDADE” (1)
Sodoma e Gomorra
Sodomita é, vulgarmente, sinónimo de
homossexual e em muitas leis ainda se fala sobre o crime de "sodomia"
quando se refere à conduta homossexual. A partir da própria linguagem, e com
uma frequência incrível, que referem-se os "acontecimentos” nas cidades
bíblicas de Sodoma e Gomorra (Gênesis 19) para justificar a homofobia e até
mesmo a violência contra gays e lésbicas.
Houve realmente Sodoma e Gomorra?
"Sodoma" é derivado da palavra hebraica que significa
"queimado" e "Gomorra" a partir da palavra hebraica que
significa "esmagado". Num esforço para encontrar qualquer base
histórica para esta história bíblica bem conhecida, a National Geographic difundiu
as investigações arqueológicas que revelaram os restos de cidades da Idade do
Ferro, perto do Mar Morto, que foram arrasadas.
Segundo os arqueólogos, esses assentamentos
humanos poderão ter desaparecido como resultado de invasões de outras cidades
inimigas, terramotos, incêndios, ou uma combinação destas três catástrofes. O
mais significativo, no entender dos pesqui sadores,
é que nesta área existam leitos subterrâneos de gases combustíveis, o
"enxofre" bíblico, o que sugere que um incêndio causado por um
desastre natural ou outro deve ter causado incêndios surpreendentes, que a
memória dos povos nómadas conservou como hecatombes jamais vistas e cujas
histórias foram transmitidos oralmente por um largo período de tempo.
Independentemente do que aconteceu
nessas cidades ou que essas cidades tenham sido reais ou mitológicas, o relato
bíblico questiona os conterrâneos de Lot pela sua falta de hospitalidade para
com os "anjos" de Deus, ao invés de acusações homossexuais. Eles são
questionados pelo seu "pecado social", não por seu "pecado
sexual".
<< Home