segunda-feira, julho 16, 2012


INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES
 À ENTREVISTA Nº 56
 SOBRE O TEMA: “HOMOSSEXUALIDADE” (4)


Não "contra a natureza", mas muito presente na Natureza


O Museu de História Natural de Oslo, Noruega, inaugurou em 2006 uma exposição surpreendente sobre a homossexualidade entre os animais. Com fotos e filmagens mostraram cenas de girafas macho a acasalarem baleias fêmeas copulando, macacos macho estimulando-se   genitalmente, insectos, gatos, cães, polvos do mesmo sexo interagindo, flamingos gays, papagaios lésbicos ...
O zoólogo Peter Bockman, um dos organizadores da exposição, explicou que os cientistas observaram comportamento homossexual em mil e quinhentas espécies de animais, levando à conclusão de que a homossexualidade é uma realidade natural e frequente. Bockman refuta a ideia de que esses comportamentos aconteçam apenas em zoológicos, onde os animais estão confinados, e diz que a homossexualidade é observada entre os animais selvagens no seu ambiente, observando que existem casais gays de aves e mamíferos que se mantêm juntos a vida inteira. A exposição destaca a frequência da homossexualidade entre os pinguins.  Em algumas colónias, um em cada dez casais é gay, uma percentagem semelhante à observada entre os seres humanos. Também se refere à bissexualidade: No caso do chimpanzé bonobos, o animal mais próximo do Homo sapiens, a espécie inteira é bissexual.  Há também espécies de peixes transexuais e outros travestis.
A partir destas observações, Bockman conclui que a ideia de que o sexo é usado apenas para a reprodução não é verdadeira, mesmo entre os animais, para os quais as relações sexuais, bem como para os seres humanos, é mais um assunto de prazer e de lazer do que de reprodução.  Com esta exposição, os organizadores procuraram refutar cientificamente todos os argumentos e todos os prejuízos homofóbicos que qualificam o comportamento homossexual como uma perversão "contra-natura”.


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